Para aumentar o número de beneficiados pelo Minha Casa, Minha Vida, o governo vai criar uma faixa intermediária de famílias atendidas pelo programa. Ela deverá atender famílias com renda entre R$ 1.448 e R$ 2.172 (valores equivalentes a de dois a três salários mínimos).
Até agora, o programa tinha três faixas de renda: uma com subsídio do governo quase integral para renda de até R$ 1.600, outra -também subsidiada- para renda até R$ 3.275, e uma terceira para famílias com faixas salariais entre R$ 3.275 e R$ 5.000.
Uma das bandeiras eleitorais da presidente Dilma, o Minha Casa, Minha Vida vai sofrer modificações por reivindicação do setor privado.
Para as construtoras, a mudança é benéfica porque inclui mais famílias nas faixas em que há parcela maior de financiamento e menor de subsídio. A vantagem disso é aproximar um maior número de "clientes" das regras do mercado imobiliário.
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A mudança também amplia o número de famílias que poderá escolher o imóvel que vai comprar e o momento da compra. Na faixa mais baixa, além de ficar na fila, não é possível escolher.
Nesss faixas com subsídio quase integral, de renda mais baixa, o governo vai incluir o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) no grupo de entidades beneficiadas.
A inclusão fez parte da negociação para que o MTST não convocasse grandes manifestações durante o período da Copa. O governo vai destinar recursos ao MTST, que contratará empresas para construir asas em SP.
O lançamento oficial da fase 3 do Minha Casa, Minha vida será feito nesta quinta (3), pela presidente Dilma Rousseff, em solenidades simultâneas de entrega de conjuntos habitacionais em todo o país.
O anúncio da nova etapa do programa antes do final do ano, com a construção de mais 3 milhões de casas, atende pedido do setor da construção civil.
Empresários temem concluir a fase 2 do Minha Casa, Minha Vida e ficar um longo período sem novas contratações de projetos, o que levaria a queda de faturamento demissões.
Nesta quinta, haverá inauguração simultânea de 5.260 casas, em 11 cidades do país, numa corrida contra o tempo, já que, por causa do calendário eleitoral, a presidente só pode participar de inaugurações até esta sexta (4).
Dilma vai comparecer à cerimônia da cidade-satélite do Paranoá, no Distrito Federal, onde serão entregues casas a 464 famílias. Nas demais cidades pelo menos um ministro foi escalado pela presidente para estar presente na solenidade.
O cerimonial com contornos eleitorais fará com que ministros sem relação com a área façam inaugurações em seus Estados. Arthur Chioro (Saúde) estará em São Vicente (SP). César Borges (Portos), em Jequié (BA).
Na primeira rodada do Minha Casa, Minha Vida, lançado no governo Lula, a meta era construir 1 milhão. Na segunda, 2,75 milhões. Até hoje, já foram entregues cerca de 1,7 milhão de casas.
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