quinta-feira, 25 de julho de 2013

25 de julho: Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe

*Fátima Oliveira
Em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, realizou-se o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, do qual decorreram duas decisões: a criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha.
A data objetiva ser um polo de aglutinação internacional da resistência das negras à cidadania de segunda categoria na região em que vivem, sob a égide das opressões de gênero e racial-étnica, e assim “ampliar e fortalecer as organizações e a identidade das mulheres negras, construindo estratégias para o enfrentamento do racismo e do sexismo”.

Em 2009, estimava-se que na região (América Latina e Caribe) éramos em torno de 75 milhões de negras – cidadãs despossuídas de cidadania plena, logo faltam esforços no âmbito dos governos para a efetivação dos nossos direitos humanos. Embora partícipes das lutas das mulheres em geral, incluindo as comemorações alusivas ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, nós, as negras feministas, sabemos que é preciso uma data toda nossa a partir da compreensão de que não há uma mulher universal. Entre as mulheres há fossos de classe e racial-étnico; e a “sororidade” entre as mulheres é algo que não existe. Então, temos de estar na luta por nossa própria conta.

Abordarei dois tópicos sobre a vida das negras brasileiras. O primeiro é a recente reunião da presidenta Dilma Rousseff, no último dia 19, com representantes de 19 organizações do movimento negro, com a presença dos ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, Aloizio Mercadante, da Educação, Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), e do chefe da Assessoria Especial da Secretaria Geral da Presidência da República, Diogo Sant’ana. “De acordo com a ministra Luiza Bairros, foram abordados temas que fazem parte da agenda do movimento, como a reafirmação do compromisso do governo federal para combater a discriminação racial, além de reconhecer o racismo institucional e reforçar o ensino da cultura africana nas escolas para promover a igualdade”.
Se não estou enganada, é a primeira vez que a presidenta nos ouve presencialmente. Pelo que li até agora, considerei a reunião boa, pero... faltou Padilha! E parece que ninguém abriu a boca para falar em saúde da população negra, lacuna grave num momento em que o SUS está envolvido em um debate acirrado. Para o pesquisador Marcelo Paixão, 80% dos negros se internam pelo SUS. Todo mundo reclama que a Rede Cegonha não dá a mínima para o recorte racial/étnico e não há santo que a faça avançar. E perdemos a chance de dizer de viva voz à presidenta que a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra está enterrada com uma caveira em algum canto do Ministério da Saúde, um descaso que eu sei que ela não sabe! Elementar: ou manda Padilha transversalizar o recorte racial/étnico em todas as ações da saúde, ou admite a omissão.

Se os compromissos adquirirem logo materialidade, é um bom começo, além do que há algo muito simples que um governo antirracista precisa fazer, que não foi assumido, mas basta vontade política: entender que “Só combater a pobreza é pouco para debelar o racismo” (O TEMPO, 26.4.2011), porque pobreza é uma coisa e racismo é outra; e embora possam estar juntas, possuem dinâmicas diferentes! De modo que urge que o governo Dilma seja mais antirracista em atos.

* Médica e escritora. É do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e do Conselho da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe. Indicada ao Prêmio Nobel da paz 2005.
publicado: www.vermelho.org.br

quarta-feira, 24 de julho de 2013

"Professora 'antirracista' da UFPR é condenada por racismo".

Em seu blog, Fábio Campana diz:
"Professora da UFPR, antirracista, é condenada por racismo". E salienta, "basta olhar o currículo Lattes de Lígia para perceber que há um erro de julgamento nesse caso". 


FÁBIO CAMPANA - www.fabiocampana.com.br
Professora da UFPR, antirracista, é condenada por racismo
Sábado, 20 de Julho de 2013 – 21:29 hs.

Lígia Regina Klein, professora de pedagogia da  UFPR  foi  condenada  por infração ao art. 140, § 3º, combinado com o art. 141, inc. III e art. 70, todos do Código Penal. Ou seja, por crime de racismo, denunciada por duas alunas que se consideraram ofendidas quando por ela admoestadas. Há consternação no universo acadêmico. Ligia é conhecida pela sua luta por direitos humanos, militante fiel da esquerda, de declarada posição contra o racismo e outros preconceitos.  

 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=N413502

Mas valeu mais o apelo dramático da denúncia. A prisão de 1 ano e 6 meses e 20 dias em regime inicial aberto foi substituída por penas restritivas de direitos, com 100 horas de Prestação de serviços à comunidade, de segunda a sexta, uma hora por dia após o trabalho, e multa, pelo juiz Mauro Bley Pereira Junior, da 3ª Vara Criminal.

( Fonte: http://www.fabiocampana.com.br/2013/07/professora-da-ufpr-militante-dos-movimentos-contra-o-racismo-e-condenada-por-racismo/ )



 Ano de 2013 - 125 Anos da LEI ÁUREA


Após todo o esforço frustrado para impedir a condenação da Professora Lígia K., que teve inclusive a produção de vários abaixos assinados, públicos e abertos, onde inúmeras pessoas manifestaram SOLIDARIEDADE a sua pessoa e DESQUALIFICARAM SUAS VÍTIMAS, agora, após a condenação, outra mobilização tem início em sua defesa. Um exemplo emblemático desse novo momento é a notícia (?) acima reproduzida que, pelo seu teor,  escancara a identificação do autor com a "CASA GRANDE", conforme:

1º.    O título "Professora da UFPR, antirracista, é condenada por racismo", afirma (com base no quê?) a professora como antirracista e noticia o fato da condenação como racismo, que seria "Lei do Crime Racial - Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989", e não injuria como é o caso e confirmam os artigos do Código Penal, "Decreto-Lei No 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal", citados no corpo da notícia, mas não explicitados.  A intencional contraposição "antirracista ßà racismo" serve como lastro para, na sequência da notícia, forçar a conotação de uma condenação injusta.

DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. - CÓDIGO PENAL.
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)

Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
( Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm )

2º.    A frase "Ou seja, por crime de racismo, denunciada por duas alunas que se consideraram ofendidas quando por ela admoestadas", reforça o crime como tendo sido de racismo e contrapõe agora racismo a ADMOESTAR que significa, conforme o dicionário Priberam On-line,  "Repreender branda e benevolamente (denunciando o mal feito e encarecendo o bem a fazer)" o que não tem nada a ver com o fato ocorrido. A intecional contraposição "denunciada racismo ßà admoestadas ofendidas" ao mesmo tempo desqualifica as vítimas e configura a conotação da condenação injusta da professora pela tríade "antirracista ßà  racismo / denunciada racismoßà  admoestadas ofendidas"

3º.    A frase "Há consternação no universo acadêmico", de óbvio exagero (universo?) e intenção de transmitir pseudo-consenso de "autoridades", prepara a posterior apresentação das "qualificações" certificadoras da pseudo-inocência da condenada. Mas o têrmo "consternação", que conforme o dicionário Priberam On-line significa "Estado do espírito aflito e abatido por dor, pena, receio, etc.", pode ao mesmo tempo indicar solidariedade com a condenada e temor de muitos outros potenciais condenados, uma vez que a  Campanha de Preservação do Acervo das Bibliotecas da Universidade Federal do Paraná”, identificada com a comemoração dos 100 anos desta instituição de ensino, é por demais reveladora da existência de um grave problema de "PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO COM AFRODESCENDENTES" no seu interior;

4º.    A frase "Ligia é conhecida pela sua luta por direitos humanos, militante fiel da esquerda, de declarada posição contra o racismo e outros preconceitos" não tem nada a ver com o fato da sua aitude no caso da sua condenação, salvo se for para desvelar as contradições de uma cultura institucional, no caso o da UFPR, onde os discursos e as teorias parecem não encontrar consonância com a prática lá vivenciada, principalmente por alguns de seus docentes;

5º.    A frase "Basta olhar o currículo Lattes de Lígia para perceber que há um erro de julgamento neste caso", leva a possibilidades surrealistas. É só imaginar o que seria um julgamento onde o juiz daria a sentença examinando o  "Currículo Lattes" do acusado.  Talvez seja uma pretenção da "CASA GRANDE" julgamentos desse tipo, pois estariam mais conformes a prisão especial para os detentores de formação universitária;

6º.    A frase "Mas valeu mais o apelo dramático da denúncia", resume o "dramático" cotidiano de uma população que ainda luta assimetricamente para sair do jugo de senhores da "CASA GRANDE" que, como tal, continuam insensíveis a todo o sofrimento por eles impostos em séculos de continuos aperfriçoamentos da arte desumana de escravizar. Mudam os métodos do seu fazer, mas a lógica que os anima permanece a mesma!!!

7º.    Conforme " BASTOS, L. Cleverson; KELLER, Vicente. Aprendendo Lógica. Rio de Janeiro: Editora Vozes Ltda, 1991. Páginas 22-23."

Existem diversas maneiras de convencer alguém. Tais modos de "convencimento", em uma linguagem mais técnica, são chamados argumentos, dentre os quais alguns são corretos ou legítimos e outros são incorretos ou ilegítimos. Os meios de convencimento citados no parágrafos anteriores pertencem à categoria dos incorretos e principalmente ilegítimos, porque fazem a inteligência "titubear". Tais argumentos têm como raiz etimológica a palavra "sfalo" (do grego) e "fallere" (do latim), que dão origem ao termo falácia.
Sofismas ou falácias são raciocínios que pretendem demonstrar como verdadeiros argumentos que logicamente são falsos. Sua eficiência consiste  em transferir a argumentação do plano lógico para o psicológico ou lingüistico, servindo-se da linguagem, que pode ser usada tanto de um modo expressivo como de modo informativo, visando assim despertar emoções e sentimentos que dão anuência a uma conclusão, mas não convencem logicamente.

3.1. TIPOS DE SOFISMAS

As falácias podem ser reunidas em dois grandes grupos, um lingüístico e outro lógico. Convém lembrar que muitas delas recebem nomes latinos, que são mantidos por fazerem parte, tradicionalmente, da linguagem lógica.

3.1.1. Grupo lógico: está relacionado com a transferência para o plano psicológico.

- Conclusão irrelevante (Ignoratio elenchi) - quando se conduz a argumentação para uma conclusão, intencionalmente ou não, que não é garantida pelas considerações em questão. Conclui algo que "não tem nada a ver" com o contexto em questão. Isto se dá por inteligência confusa, ou com prévia intenção de confundir o interlocutor.

                                        
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UNEGRO-PR

Lembrando Dominguinhos...DVD - ao em Nova Jerusalém


Até mais, Djalma.....

Djalma Santos não resistiu ao quadro crítico apresentado e morreu na noite desta terça-feira no hospital Helio Angotti, em Uberaba, em Minas: "O Hospital Dr. Hélio Angotti comunica, com pesar, o falecimento do bicampeão mundial de futebol Dejalma dos Santos (Djalma Santos), em decorrência de uma pneumonia grave e instabilidade hemodinâmica culminando com parada cardiorrespiratória e óbito às 19h30", divulgou.

O velório do ex-jogador acontece na madrugada desta terça para quarta-feira na Câmara Municipal de Uberaba, segundo informou Elmar Humberto Goulart, presidente da câmara, ao UOL Esporte. O horário do enterro do ex-lateral ainda não foi definido pelos familiares.

De acordo com o SporTV, a prefeitura de Uberaba decretou três dias de luto oficial pela morte do ex-jogador.

O ex-jogador da seleção foi internado pela primeira vez em 30 de junho, pouco depois da vitória do Brasil contra a Espanha, 3 a 0, pela Copa das Confederações. Djalma Santos passou mal, com dificuldade respiratória. Foi diagnosticado pneumonia. Ele chegou a respirar com ajuda de aparelhos. Seu estado de saúde melhorou semanas depois.
Fábio Rodrigues, um dos dois enteados de Djalma Santos, revelou que a família continuava esperançosa na recuperação do ex-jogador, mesmo com o agravamento do estado de saúde no final de semana passado, que o levou de volta à UTI.“Ele piorou no sábado à noite, quando os rins pararam de funcionar. Depois de tratado na UTI, ontem (segunda-feira) os rins voltaram a funcionar, mas aconteceu uma nova infecção pulmonar”, explicou o enteado, ao UOL Esporte.

Nesta terça-feira, Djalma Santos sofreu duas paradas respiratórias, que foram revertidas. “Por volta das 16h30, quando esperávamos para ter notícias, no horário de visita, ele teve uma dessas paradas. Às 19h30, teve uma outra e não resistiu”, contou Fábio, bastante emocionado, sem conter as lágrimas. Segundo ele, desde domingo, Djalma Santos estava sedado.

Fábio Rodrigues informou que o corpo de Djalma Santos deverá ser velado na Câmara Municipal de Uberaba, a partir da manhã desta quarta-feira. Não há ainda horário previsto para o sepultamento, que ocorrerá também nessa cidade do Triângulo Mineiro.

“Ele era muito querido aqui em Uberaba, cidade que o acolheu”, comentou. Djalma Santos deixa viúva, Esmeralda, e a filha Laura, que mora em São Paulo, mas que acompanhou todo o período de enfermidade do pai, em Uberaba.

Bicampeão mundial pelo Brasil em 1958 e 62, Djalma, de 84 anos, defendeu Atlético-PR, Portuguesa e Palmeiras, clube pelo qual atuou em mais de 400 jogos.

O Palmeiras comunicou por intermédio da assessoria de imprensa que prepara uma homenagem ao ex-jogador. Recentemente, os jogadores do time entraram em campo para o duelo contra o Oeste com camisas com a mensagem: “Forza, Djalma Santos”.

publicado: uol

sábado, 20 de julho de 2013

Homicídios de jovens negros seguem crescendo no Brasil; violência contra brancos diminui

Mapa da Violência 2013 confirma tendência observada em anos anteriores; Brasil ocupa sétimo lugar no ranking mundial de assassinatos, atrás apenas de países da região.


Mapa da violência aponta aumento de homicídios contra juventude negra, pobre e moradora das periferias das cidades do país
São Paulo – “Podemos observar uma acentuada tendência de queda no número absoluto de homicídios na população branca e de aumento nos números de vítimas na população negra. Essa tendência se observa no conjunto da população e de forma bem mais pronunciada na população jovem.” Esta é uma das principais conclusão do Mapa da Violência 2013: Homicídio e Juventude no Brasil, publicado hoje (18) pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), a partir de dados disponíveis no Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

De acordo com o estudo, elaborado pelo pesquisador Júlio Jacobo Waiselfisz, ocorreram em 2002 no Brasil 45.997 homicídios: 18.867 vítimas (41%) eram brancas e 26.952, ou 58,6%, eram negras. No grupo de “negros”, Waiselfisz incluiu as pessoas pretas e pardas. Em 2011, os assassinatos contra a população geral, que nove anos antes já atingiam prioritariamente os negros, se intensificaram contra esse grupo racial: das 49.307 pessoas assassinadas no país, 13.895 (28,2%) eram brancas e 35.207 (71,4%) eram negras. Isso significa que, enquanto o homicídio contra os brasileiros brancos foi reduzido em quase um terço (31,3%) na última década, o número de vítimas negras cresceu 21,9%.
Entre os brasileiros localizados na faixa etária de 14 a 25 anos, essa tendência se observa com ainda mais força. O Mapa da Violência 2013 aponta que entre 2002 e 2011 morreram 50.903 jovens brancos e 122.570 jovens negros – uma diferença de aproximadamente 150%. Em 2002, a juventude branca representava 36,7% das vítimas de homicídio juvenil.

Em 2011, esse índice foi reduzido para 22,8%. Os jovens negros – que, assim como nos dados relativos à população geral, já eram vítimas preferenciais dos assassinatos – passaram em 2011 a sofrer 76,9% das mortes violentas. Em 2002, essa taxa era de 63%.

“Dessa forma, se os índices de homicídio do país nesse período estagnaram ou mudaram pouco, foi devido a essa associação inaceitável e crescente entre homicídios e cor da pele das vítimas, pela concentração progressiva da violência acima da população negra e, de forma muito especial, nos jovens negros”, explica Waiselfisz ao analisar os números. “E o que alarma mais ainda é a tendência crescente dessa mortalidade seletiva.” Essa tendência não é precisamente uma novidade, uma vez que já vinha sendo observada nos Mapas da Violência publicados pela Cebela e Flacso em 2011 e 2012.

Ranking

O Brasil é o sétimo colocado no mundo em casos de homicídios. A cada 100 mil habitantes, 27,4 são vítimas de crimes. No caso de jovens entre 14 e 25 anos, o número aumenta para 54,8. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), compilados pelo Mapa da Violência 2013, todos os dez países com os mais altos índices de homicídios contra a juventude estão na região da América Latina e do Caribe. El Salvador lidera o ranking pelas Ilhas Virgens, Trinidad e Tobago, Venezuela, Colômbia, Guatemala, Brasil, Panamá, Porto Rico e Bahamas.
Segundo o estudo, esses índices são explicados pela incidência de problemas estruturais de origem política, econômica e social, como desigualdade e falta de acesso a serviços básicos combinados ou não a conflitos armados, como os que acontecem na Guatemala, El Salvador e Venezuela, motivados pela delinquência e violência urbana. No caso dos homicídios de jovens, o Brasil tem taxa mais de 500 vezes maior do que a de Hong Kong, 273 vezes maior do que a da Inglaterra e do Japão, e 137 vezes maior do que a da Alemanha e da Áustria.

Na década de 1990, o Brasil chegou a ocupar a segunda colocação nesse ranking da OMS, liderado então pela Venezuela. A queda brasileira na lista dos países com as maiores incidências desse tipo de crime não significa que a violência foi reduzida, mas que houve aumento em outros lugares no mundo. Waiselfisz, autor do Mapa 2013, explicou que a violência tem causas e consequências múltiplas. Apesar disso, é possível notar, no caso brasileiro, três fatores determinantes: em primeiro lugar, a cultura da violência.

Segundo ele, no país, existe o costume de se solucionar conflitos com morte, parte disso herança de raízes escravagistas no continente.

Em segundo lugar, Waiselfisz aponta a grande circulação de armas de fogo. Estima-se que, no país, haja cerca de 15 milhões de armas das quais, a metade delas ilegal. “Uma pesquisa feita em escolas mostrou que muitos jovens sabem exatamente onde e como comprar uma arma. Juntar uma arma à cultura de violência é uma mistura explosiva, são incompatíveis entre si”, disse Waiselfisz.

Outro ponto é a impunidade. Para ele, isso funciona como um estímulo à resolução de conflitos por meio de vias violentas. De acordo com o Relatório Nacional da Execução da Meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça, foram identificados quase 150 mil inquéritos por homicídios dolosos – com a intenção de matar – anteriores a 2007.
Depois de um mutirão de um ano, foram encaminhados à Justiça apenas 6,1% dos casos.

Menos de 5% das famílias têm doméstica com carteira

publicado: gazeta do povo

Estimativa foi revelada em levantamento da Paraná Pesquisas que ouviu 2,5 mil pessoas no país
Albari Rosa/Gazeta do Povo / Busca por mais tempo livre, também para ficar com a neta, Antonella, levou Maria Fernanda deixar emprego e virar diarista
Apenas 4,5% das famílias têm empregado doméstico contratado com carteira assinada no país. O Sul é a região proporcionalmente com maior número, com 5,8%, e o Sudeste com o menor, com 3,8%. Os dados são de um levantamento da Paraná Pesquisas que ouviu 2,5 mil pessoas em todo país (veja mais detalhes no gráfico).

INFOGRÁFICO: Sul tem maior índice de empregadas com carteira assinada no país

Reflexos

Migração cresceu com a PEC, diz sindicato

Como o movimento é registrado há pelo menos dez anos, técnicos do IBGE estão reticentes em apontar a PEC das Domésticas, aprovada no fim de março, como um dos fatores da balança. Mas, na visão do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos no Paraná (Sindidom), houve aumento no número médio de rescisões contratuais.

Segundo uma doméstica de 46 anos que mora em Fazenda Rio Grande, as exigências da nova lei levaram a família para a qual ela trabalhava havia seis meses a tentar negociar uma redução no salário. A desculpa foi o custo dos encargos e benefícios, como férias, horas extras e adicional noturno. “Eles disseram que ou baixava ou eles não teriam como me pagar. Arranjei emprego de cozinheira em uma empresa e trabalho como diarista nos fins de semana”, conta ela.

Para o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento (Coren) do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, ainda é cedo para citar a emenda de lei que garantiu encargos e benefícios trabalhistas aos domésticos. “Não deu tempo para a legislação mudar os números”, afirma ele, que prefere citar melhoras na escolarização das meninas. Quase 95% dos empregados domésticos brasileiros são mulheres. (CC)

Para o diretor do instituto, Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira, esse número, não pode ser desprezado. “É um número alto se considerarmos que provavelmente não temos 5% da população formada em Medicina ou trabalhando como eletricista. Trata-se de uma massa de trabalhadores grande”, diz.
A proporção de diaristas, porém, é mais que o dobro que a de domésticas: 11% das famílias disseram que contratam pessoas por dia para fazer a limpeza da casa. No Sul, esse número é de 13,2%.
Custos
Os gastos com as diaristas variam bastante de região para região, segundo a pesquisa. Nordeste, Norte e Centro-Oeste concentram os menores ganhos, de até R$ 50 por dia trabalhado, entre remuneração, vale transporte e outros benefícios.
Já no Sul e no Sudeste, as diárias, na média, são maiores, com participação representativa de quantias entre R$ 61 e R$ 80 por dia trabalhado. “A pesquisa revela as diferenças de renda e da oferta de mão de obra entre as regiões. No Nordeste, a oferta de mão de obra de diaristas é maior e, com isso, o salário pago é menor”, diz Oliveira.
Manutenção
O levantamento revela ainda que, das 4,5% das famílias que contratam empregadas domésticas com carteira assinada, a maioria (86%) pretende manter essa condição mesmo com as regras previstas na nova lei, que devem encarecer os gastos com empregados. Outros 7,7% dizem que vão demitir.
Cada vez mais empregadas preferem cobrar por dia
Camille Cardoso, especial para a Gazeta do Povo
Cobrar por dia em vez de cumprir jornada na casa de um empregador é uma escolha cada vez mais comum entre os domésticos brasileiros. De janeiro de 2003 a maio de 2013, o contingente de mensalistas caiu de 87,4% para 76,3% em seis regiões metropolitanas brasileiras, conforme o IBGE. A pesquisa não abrange o Paraná, mas, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a situação também se verifica na Grande Curitiba.
Pelos dados do instituto regional, de janeiro a maio de 2013, a proporção de diaristas entre os empregados domésticos aumentou no estado, passou de 24,91% para 34,05%, dentro de um universo geral que também cresceu (de 82 mil para 88 mil trabalhadores na função). Os números do Ipardes se baseiam na dedução de que domésticos que dizem trabalhar em mais de um domicílio são diaristas.
Vantagens
Melhor remuneração no fim do mês e horários mais flexíveis são os principais motivos para essa mudança de preferências entre os domésticos. Em Curitiba, as diaristas cobram, em média, R$ 100 mais despesas com transporte, com a possibilidade de trabalhar em mais de um imóvel no dia. Já o piso regional para o doméstico é de R$ 914,82, com a exigência de cumprir jornada semanal de 44 horas.
A procura por flexibilidade no emprego foi o que levou Maria Fernanda Rodrigues Jacovicz, 59 anos, a deixar o serviço na casa de uma família de Curitiba que a empregou por 18 anos. “Queria ter mais tempo para cuidar da minha neta, Antonella, que tem hoje dois aninhos. Agora, trabalho só de vez em quando, para quem eu conheço”, diz ela.

terça-feira, 16 de julho de 2013

O Bolsa Família norte Americano e a Politica de Subsídios Agrícolas para Latifundiários

Jogos da fome nos EUA
por:Paul Krugman*

Algo terrível aconteceu com a alma do Partido Republicano. Nós fomos além da doutrina econômica ruim. Nós até fomos além do egoísmo e dos interesses especiais. Neste momento, estamos falando de um estado de espírito que sente muita satisfação em infligir mais sofrimento aos que já são miseráveis.

O fato que desencadeou estas observações é, como você deve ter adivinhado, a monstruosa lei agrícola que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou na semana passada.

Câmara dos EUA desafia ameaça de veto e aprova lei agrícola

Durante décadas, os projetos de lei para o setor agrícola têm tido dois componentes principais. Um componente oferece subsídios aos agricultores; o outro oferece ajuda nutricional aos norte-americanos necessitados, principalmente na forma de cupons de alimentação (que hoje são oficialmente conhecidos como SNAP, Supplemental Nutrition Assistance Program, ou Programa Suplementar de Assistência à Nutrição).

Muito tempo atrás, quando os subsídios ajudavam muitos agricultores pobres, seria possível defender esse pacote completo como uma forma de apoio aos mais necessitados. Com o passar dos anos, no entanto, esses dois componentes se afastaram um do outro. Os subsídios agrícolas transformaram-se num programa contaminado por fraudes que beneficiam principalmente as corporações e os cidadãos mais ricos do país. Enquanto isso, os cupons de alimentação se tornaram uma parte crucial da rede de segurança social dos EUA.

Então, os republicanos da Câmara dos Deputados dos EUA votaram para manter os subsídios agrícolas --em um nível mais elevado do que o proposto pelo Senado e pela Casa Branca-- e, ao mesmo tempo, para eliminar os cupons de alimentação do projeto de lei.

Para conseguir apreciar plenamente o que acabou de acontecer, ouça a retórica utilizada com frequência pelos conservadores para justificar a eliminação de programas que fazem parte da rede de segurança social dos EUA. É mais ou menos assim: "Você é individualmente livre para ajudar os pobres. Mas o governo não tem o direito de tirar dinheiro das pessoas" --com frequência, nesse ponto, eles acrescentam as palavras "sob a mira de uma arma" e "obrigá-las a dá-lo aos pobres".

No entanto, aparentemente é perfeitamente OK tirar dinheiro das pessoas sob a mira de uma arma e obrigá-las a dá-lo às empresas de agronegócios e aos mais ricos.

Alguns inimigos dos cupons de alimentação não citam essa filosofia libertária para justificar seu posicionamento; em vez disso, citam a Bíblia. O deputado republicano Stephen Fincher, do Tennessee, por exemplo, citou o Novo Testamento: "Aquele que não está disposto a trabalhar não deve comer". Como era de se esperar, Fincher recebeu pessoalmente milhões de dólares em subsídios agrícolas.

Considerando-se esse espantoso sistema de dois pesos e duas medidas --e eu não acho que a palavra "hipocrisia" faça justiça a ele--, parece quase um anticlímax falar sobre fatos e números. Mas eu acho que deveríamos.
Então: o uso dos cupons de alimentação, de fato, aumentou nos últimos anos. O percentual da população que recebe esse tipo de auxílio passou de 8,7%, em 2007, para 15,2%, de acordo com os dados mais recentes. Não há, no entanto, nenhum mistério aqui. O SNAP foi criado para ajudar as famílias em dificuldades financeiras e, ultimamente, muitas famílias estão passando por dificuldades.

Na verdade, o uso do SNAP tende a ser atrelado a índices amplos de desemprego, como o U6, que inclui os subempregados e os trabalhadores que pararam temporariamente de buscar um emprego ativamente. E o U6 mais do que dobrou durante a crise, passando de aproximadamente 8% antes da Grande Recessão para 17% no início de 2010. É verdade que, desde então, o índice amplo de desemprego diminuiu ligeiramente, enquanto que os números relacionados aos cupons de alimentação continuaram subindo --mas sempre há certa defasagem nessa relação, e provavelmente também é verdade que algumas famílias se viram obrigadas a utilizar os cupons de alimentação devido aos cortes drásticos adotados nos subsídios concedidos aos desempregados.

E como explicar a teoria, comum entre os políticos de direita, de que vivemos a situação contrária, ou seja, nossas taxas de desemprego são altas devido aos programas do governo que, na verdade, pagam para que as pessoas não trabalhem? -- os refeitórios públicos causaram a Grande Depressão! A resposta pura e simples é: isso só pode ser brincadeira. Você realmente acredita que os norte-americanos estão vivendo uma vida boa com US$ 134 por mês, valor do benefício médio pago pelo SNAP?

Mesmo assim, vamos fingir que levamos essa crença dos direitistas a sério. Se a taxa de desemprego está alta porque os benefícios do governo estão induzindo as pessoas a ficarem em casa, o que causa uma redução na força de trabalho, então a lei da oferta e da procura deveria se aplicar nesse caso: a retirada de circulação de todos esses trabalhadores deveria estar causando uma escassez de mão de obra e um aumento dos salários, especialmente entre os trabalhadores com baixos rendimentos, que têm mais probabilidade de receber ajuda do governo. Na realidade, é claro, os salários estão estagnados ou em queda --e isso é especialmente verdadeiro para os grupos que mais se beneficiam dos cupons de alimentação.

Então o que está acontecendo aqui? Será que é apenas racismo? Sem dúvida que as antigas mentiras racistas --como a imagem pintada por Ronald Reagan dos "negros indignos e preguiçosos que vivem do trabalhando duro contribuintes brancos em vez de conseguirem um emprego" e que usavam os cupons de alimentação para comprar um T-bone steak-- ainda têm algum apelo. Mas, atualmente, quase a metade dos beneficiários dos cupons de alimentação são brancos não-hispânicos. No Tennessee, terra natal de Fincher, o republicano citador da Bíblia, esse número está em 63%. Por isso, a situação não tem apenas a ver com raça.

Ela tem a ver com o quê, então? De alguma maneira, um dos dois grandes partidos de nosso país foi infectado por uma mesquinhez quase patológica, um desdém pelo que Rick Santelli, da rede CNBC, no famoso discurso de lançamento do Tea Party, chamou de "perdedores". Se você for norte-americano e estiver na pior, essas pessoas não vão querer te ajudar. Elas querem te dar um chute extra. Eu não consigo entender essa atitude completamente, mas ela é uma coisa terrível de se ver.

*Professor de Princeton e colunista do New York Times desde 1999, Krugman venceu o prêmio Nobel de economia em 2008
publicado:http://noticias.uol.com.br

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Unegro: 25 anos de luta, rebele-se contra o racismo!

A União de Negros pela Igualdade (Unegro) completou no domingo (14), 25 anos de luta contra o racismo. "Temos muito a comemorar porque somos artífices das vitórias do movimento negro brasileiro e porque obra que não presta tem grande possibilidade de não sobreviver 25 anos, ou seja, a matéria prima que gerou a UNEGRO é de boa qualidade", comemora nas redes sociais da internet Edson França, presidente da entidade, que parabeniza todo movimento negro.
De acordo com Edson, a matéria prima é formada por "compreensões de como se estrutura a dominação". Além disso, Edson lembra que a busca é pela consciência de que a "luta de classe e a luta contra a dominação de gênero compõe o triple da luta emancipatória da população negra e do povo brasileiro."

Rebele-se contra o racismo! Unegro, 25 anos de luta

A UNEGRO foi criada em 1988, na esteira de um intenso processo de luta por uma Constituição mais democrática e capaz de assegurar os direitos de todo o povo. A Carta Constitucional, que resultou de um amplo processo de mobilização dos movimentos sociais, proclamou a igualdade formal de direitos e, finalmente, tirou o racismo da condição de contravenção penal e o qualificou de crime inafiançavel e imprescritível. Também 1988 foi o ano do centenário da abolição da escravatura, e o exercício da crítica foi a marca da militância fundadora da entidade, que, junto às demais entidades negras de todo o país, punha abaixo a falsa ideia de democracia racial brasileira, além de denunciar o abismo que separava, e ainda persiste, negros e brancos na estrutura econômica e social.A trajetória da UNEGRO, portanto, tem raízes em um profundo desejo de justiça social que nos levou às ruas construindo e participando das grandes manifestações convocadas por todo o movimento negro e pelos diferentes movimentos sociais, no âmbito local e nacional, sempre empunhando a bandeira da igualdade e da superação do racismo.

Nesses 25 anos participamos das mais importantes agendas de combate ao racismo no país, destacadamente os encontros, conferências e seminários regionais e nacionais de negros e negras, das grandes marchas em mémória a imortalidade de Zumbi e em defesa da vida para Brasília, em 1995 e em 2005, da criação do Fórum Nacional de Mulheres Negras, da fundação e sustentação durante muitos anos da CONEN- Coordenação Nacional de Entidades Negras. Fomos a Durban, África do Sul, na III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância. Lá fizemos valer a nossa voz no plenário aberto das Nações Unidas, denunciando o racismo à moda brasileira e apresentando alternativas para sua superação. Somos a UNEGRO da Luta contra a Intolerância Religiosa, que realizou a Jornada do Barro, Jornada das Folhas, Jornada do Azeite e o Seminário Exu em debate, dando uma grande contribuição à luta ideológica pela superação da ignorância e a valorização do Candomblé em suas diferentes nações.

A UNEGRO, ao lado de outras organizações, nos últimos dez anos compôs os esforços de elaboração das políticas de igualdade em fase de implantação por iniciativas nos âmbitos dos governos federal, estaduais e municipais; lutou pela aprovação da Lei 10.639/06, Lei das Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial transformando as demandas sociais da população negra em política de Estado.Somos também a UNEGRO da luta conjunta dos movimentos sociais, participamos das mobilizações sociais, das lutas das mulheres, dos trabalhadores, das juventudes. Defendemos a cultura popular de matriz africana, o samba, frevo, maracatus, batuques e outras tradições que enriquecem a cultura nacional.Para a UNEGRO, o movimento negro brasileiro nesse quarto de século logrou importantes conquistas, o apoio de 64% da população as cotas para negros e pobres nas universidades e o resultado do julgamento das cotas no STF, conquistando o veredicto de aprovação unanime do Sistema de Cotas, são indicadores do êxito da luta política do movimento negro brasileiro.No entanto, ainda há muito para avançar, em decorrencia dos agravos do racismo, a população negra acumula desvantagens econômicas, políticas e sociais, por isso, nosso principal desafio será tirar do papel as conquistas estabelecidas em lei e as pactuadas nos processos de diálogo entre poder público e sociedade civil; para isso será necessário uma grande união do movimento negro em torno da luta pela maior presença de negros nos espaços de poder.
Fonte: Unegro

domingo, 14 de julho de 2013

HOJE 25 ANOS DE RESISTÊNCIA -UNEGRO


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Em Curitiba 12º Festival Internacional de Dança Hip Hop



DESDE 2002, O MELHOR DO HIP HOP

O Festival está na sua 12ª edição e conquistou um grande público entre participantes e platéia que vêm a Curitiba prestigiar um dos melhores eventos do gênero dessa modalidade realizado no país. Além de promover o encontro Nacional e Internacional de dançarinos, professores e coreógrafos com a intenção de fazer a reciclagem profissional através de Competições, Mostras, Oficinas e Palestras, oferece possibilidades a uma parcela significativa de jovens praticantes, a um espaço adequado e democratizado onde todos possam mostrar a sua forma de dançar como meio de comunicação e expressão, desenvolvendo e ampliando essa linguagem universal através do corpo em movimento.

Tendo seu início em 2002 no Teatro Ópera de Arame, já somou números em sólido crescimento, registrando a passagem de mais de 10.500 bailarinos e 68.000 espectadores. Depois o evento passou a ser sediado no Centro de Convenções do Shopping Estação, até o ano de 2012.
IDENTIDADE NOVA, CASA NOVA!

Pensando sempre em evoluir na estrutura, conforto e condição de proporcionar a platéia um show na altura das coreografias apresentadas, apresentamos o novo local de realização:

• Teatro Positivo – Grande Auditório (Apresentações )
• Conta com 2.400 lugares e é o maior teatro do Paraná. Possui 5 amplos camarins, ar condicionado, poltronas confortáveis para diferentes tipos físicos e responde a todas as exigências necessárias a facilitação e presença de portadores de deficiências.
• Expo Unimed Curitiba (Superworkshop e feira )
• Está localizado dentro do câmpus de uma das mais importantes instituições de Ensino Superior do Brasil, a Universidade Positivo. Fica a 200 metros do teatro, tornando fácil o acesso e transitação entre ensaios, aulas, alimentação e visitação da feira.

Todos estão convidados a conhecer o novo Festival Internacional de Hip Hop de Curitiba!


Gênero: Hip Hop, Festival de música

Classificação indicativa: Livre

Descrição: O FIH2 - 12º Festival Internacional de Dança Hip Hop acontece no palco do Teatro Positivo, em Curitiba, entre os dias 12 e 14 de julho, sempre às 19h. Festival cuja primeira edição ocorreu em 2002, traz alguns dos melhores dançarinos do gênero para Curitiba

Onde comprar: » Call Center Disk Ingressos (41-3315-0808)
Segunda a sábado: 9h às 22h
Domingo: 9h às 18h

» Quiosques Disk Ingressos (Shoppings Mueller e Estação)
Segunda a sábado: 10h às 22h
Domingo: 14h às 20h

» Loja Disk Ingressos (Shopping Palladium)
Segunda a sábado: 11h às 23h
Domingo: 14h às 20h
» Site Disk Ingressos (www.diskingressos.com.br

O Festival é uma realização da Dance Concept Brasil.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Presenças Confirmadas no Fórum de Promoção da Igualdade Racial e II Conferência de Promoção da Igualdade Racial

Secretaria Adjunta Nacional de Juventude -Ângela Guimarães -
Presença confirmada: Dr. Olympio de Sá Sotto Maior Neto - Procurador do Ministério Público Estadual.
Confirmada a presença do Prefeito de Curitiba Gustavo Fruet no Fórum de Promoção da Igualdade Racial e II Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial
Presença confirmada: Paulo Salamuni - Presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba.
Presença confirmada: Zaki Akel Sobrinho, Reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Presença confirmada: Ualid Rabah - Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial
Presença confirmada: Ricardo Gomyde - Ministério dos Esportes
Presença Confirmada: Sérgio Pedro da Silva - Secretário Executivo - Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR






quinta-feira, 4 de julho de 2013

Regimento da II Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial