Do UOL, em Belo Horizonte
A Polícia Civil de Minas Gerais afirmou ter identificado o grupo de pessoas que se articulou para produzir ataques racistas à jovem negra que postou foto dela com o namorado, no Facebook. O caso ocorreu na cidade de Muriaé (a 320 km de Belo Horizonte).
O delegado Eduardo Freitas da Silva, responsável pelo inquérito, afirmou que foi identificada uma estrutura organizada por trás das mensagens na página da jovem.
Segundo ele, até uma comunidade virtual foi criada para concentrar as injúrias contra a jovem mineira. A maioria dos suspeitos é do Estado de São Paulo. O policial não detalhou como os suspeitos se articularam para efetuar os ataques nem a quantidade de envolvidos. Ele declarou apenas que são "centenas" de pessoas.
"Tem lideranças, tem seguidores [no grupo]. Eu não descarto ir para São Paulo para poder acompanhar os trabalhos com a polícia de lá", afirmou, dizendo já ter entrado em contato com o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), de São Paulo. "Nós verificamos que lá tem pessoas que promovem esse tipo de ação de cunho racista [nas redes sociais]", afirmou.
O policial disse que não detalharia a ação dos criminosos por receio de os suspeitos tentem apagar os "rastros digitais". "A gente não vai apontar esse ou aquele [nome], porque eles podem tentar apagar os rastros que deixam. E isso prejudicaria o nosso trabalho", declarou.
Ele disse ter apurado que o grupo já havia feito anteriormente ataques parecidos ao do casal mineiro contra outras pessoas nas redes sociais. Silva afirmou que conseguiu entrar em contato com algumas dessas vítimas.
Segundo ele, se ficar comprovado ter havido conluio entre os internautas suspeitos dos ataques racistas, configura-se também o crime de formação de quadrilha, além do crime de injúria racial, que prevê de um a três anos de prisão.
"No momento, a gente está levantando todos os perfis para fazer um trabalho conjunto", afirmou, mesmo reconhecendo que muitos desses perfis podem ser falsos.
Mais ataques
A jovem M.D.M.R., 20, tinha desativado a sua conta no Facebook quando houve a série de comentários racistas. Orientada pelo delegado, reativou a página.
"Desativei, mas agora está reativado porque o delegado pediu para poder ficar olhando o que tem lá. São muitos comentários", afirmou, durante entrevista na semana passada ao programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo.
Mesmo após a divulgação do caso na imprensa, internautas ainda publicam mensagens racistas na página da jovem.
As postagens são um misto de apoio e ataques racistas contra a jovem. Em uma das mensagens, um internauta escreveu: "Deixaram a senzala aberta de novo". Outros criticaram o fato de a jovem ter ido à televisão expor o caso.
O delegado Eduardo Freitas da Silva, responsável pelo inquérito, afirmou que foi identificada uma estrutura organizada por trás das mensagens na página da jovem.
Segundo ele, até uma comunidade virtual foi criada para concentrar as injúrias contra a jovem mineira. A maioria dos suspeitos é do Estado de São Paulo. O policial não detalhou como os suspeitos se articularam para efetuar os ataques nem a quantidade de envolvidos. Ele declarou apenas que são "centenas" de pessoas.
"Tem lideranças, tem seguidores [no grupo]. Eu não descarto ir para São Paulo para poder acompanhar os trabalhos com a polícia de lá", afirmou, dizendo já ter entrado em contato com o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), de São Paulo. "Nós verificamos que lá tem pessoas que promovem esse tipo de ação de cunho racista [nas redes sociais]", afirmou.
O policial disse que não detalharia a ação dos criminosos por receio de os suspeitos tentem apagar os "rastros digitais". "A gente não vai apontar esse ou aquele [nome], porque eles podem tentar apagar os rastros que deixam. E isso prejudicaria o nosso trabalho", declarou.
Ele disse ter apurado que o grupo já havia feito anteriormente ataques parecidos ao do casal mineiro contra outras pessoas nas redes sociais. Silva afirmou que conseguiu entrar em contato com algumas dessas vítimas.
Segundo ele, se ficar comprovado ter havido conluio entre os internautas suspeitos dos ataques racistas, configura-se também o crime de formação de quadrilha, além do crime de injúria racial, que prevê de um a três anos de prisão.
"No momento, a gente está levantando todos os perfis para fazer um trabalho conjunto", afirmou, mesmo reconhecendo que muitos desses perfis podem ser falsos.
Mais ataques
A jovem M.D.M.R., 20, tinha desativado a sua conta no Facebook quando houve a série de comentários racistas. Orientada pelo delegado, reativou a página.
"Desativei, mas agora está reativado porque o delegado pediu para poder ficar olhando o que tem lá. São muitos comentários", afirmou, durante entrevista na semana passada ao programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo.
Mesmo após a divulgação do caso na imprensa, internautas ainda publicam mensagens racistas na página da jovem.
As postagens são um misto de apoio e ataques racistas contra a jovem. Em uma das mensagens, um internauta escreveu: "Deixaram a senzala aberta de novo". Outros criticaram o fato de a jovem ter ido à televisão expor o caso.
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