Do UOL, em Porto Alegre
O Grêmio levará seus argumentos de defesa ao STJD com o reforço de Fábio Koff. O presidente de 83 anos estará presente no julgamento desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, com a missão de conferir mais peso a posição do clube em relação ao episódio envolvendo o goleiro Aranha, do Santos. Uma parte da diretoria vê no mandatário uma figura capaz de combater um linchamento público da instituição.
A historiografia do dirigente, fundador do Clube dos 13 e jurista aposentado, é uma das armas do Grêmio para bater de frente com a pressão pública no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
"O Grêmio tem bons argumentos de defesa, muito bons argumentos. O Grêmio está indo para um linchamento na quarta-feira. Claro que o clube confia nas provas que vai apresentar, no espírito de Justiça dos jogadores, mas o que está sendo feito pela imprensa do centro do país e pela secretaria do tribunal é inominável", disse Adalberto Preis, vice-presidente do Grêmio.
O reclame do dirigente ecoa em outras declarações da cúpula do Grêmio. Na opinião da cúpula, a repercussão tem sido grande demais e desmedida – em comparação com outros casos do gênero. E por isto a presença de Koff pode dar um ganho na defesa.
"Fábio Koff é uma figura de crédito dentro do futebol brasileiro. Ele é uma referência e sua história precisa ser respeitada. Ele estará junto no julgamento", disse Romildo Bolzan Jr., vice-presidente do Grêmio.
Além do dirigente, multicampeão e com grande força política no futebol brasileiro, o Grêmio pretende apresentar relatórios comprovando seu auxílio com as investigações da Polícia Civil. No domingo, o clube gaúcho encaminhou 60 minutos de imagens para a 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre. Com o vídeo, as autoridades identificaram um terceiro envolvido nos atos de injúria racial contra Aranha, do Santos.
A punição à organizada 'Geral do Grêmio' também será levada para prova de que o episódio ocorrido no jogo diante do Santos, pela Copa do Brasil, é um fato isolado.
Denunciado no artigo 243-G, o Grêmio pode receber uma multa de até R$ 100 mil, perder mandos de campo ou até ser excluído da Copa do Brasil.
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