terça-feira, 12 de agosto de 2014

As diferentes faces do sujeito na Análise do Discurso

publicado: revista Língua Portuguesa
"Meus heróis Morreram de overdose Meus inimigos Estão no poder Ideologia! Eu quero uma pra viver"
Cazuza



ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SUJEITO
A noção de sujeito é bastante ampla e depende da vertente teórica em que se apoia o estudioso. De acordo com a autora Lícia Maria Bahia Heine, em Reflexões sobre o sujeito social e o sujeito ideológico, refletir sobre a entidade sujeito é uma questão polêmica por envolver discussões que apontam para a Filosofia, a Linguística e áreas afins.

O conceito de sujeito, de forma geral, dicionarizado, é definido como dependente, submisso, subordinado. Por exemplo, o sujeito da Idade Média era submetido aos discursos religiosos - às leis da Igreja -, o que, segundo Eni P. Orlandi, correspondia à forma de sujeito-religioso.

O sujeito atual apresenta outras características que, no entanto, também constituem submissão; não às leis da Igreja ou da religião, mas de outra ordem: às leis do Estado. No mundo contemporâneo, o Estado opera um poder sobre o sujeito. Assim, de acordo a referida autora, o sujeito-religioso da Idade Média tornou-se o sujeito-de-direito, próprio do capitalismo. Nesta perspectiva, a linguista define a noção de assujeitamento: "A forma sujeito-histórica que corresponde à da sociedade atual representa bem a contradição: é um sujeito ao mesmo tempo livre e submisso. Ele é capaz de uma liberdade sem limites e uma submissão sem falhas: pode tudo dizer, contanto que se submeta à língua para sabê-la. Essa é a base do que chamamos assujeitamento".

No início dos estudos linguísticos, nas teias formalistas da língua, Heine ressalta que houve forte influência estruturalista, onde o sujeito é subordinado ao código linguístico. No entanto, é a partir dos estudos pragmáticos do texto que o sujeito passa a ser visto como ser enunciador, individual, consciente. Apesar disso, ele ainda é desvinculado da ideologia e do contexto sócio-histórico da época em que vive.

A relação sujeito-ideologia vai se concretizar, nos estudos de Análise do Discurso (AD), de linha francesa, que considera o contexto sócio-históricoideológico. Assim, a intenção aqui é fazermos uma abordagem do papel do sujeito nas diferentes fases da AD - AD1, AD2 e AD3.

SOBRE O CONCEITO DE IDEOLOGIA
O termo ideologia, segundo Helena Brandão, conforme colocado em Introdução à Análise do Discurso, é matizado por diferentes nuances significativas e disto decorrem muitas controvérsias a seu respeito. De acordo com a autora, inicialmente, a ideologia era entendida como "ciência positiva do espírito", se opondo à metafísica, à teologia e à psicologia pela exatidão e rigor científicos dessas disciplinas.

Posteriormente, contrariando o significado original, o termo passa a ter um sentido pejorativo com Napoleão Bonaparte, que define os ideólogos franceses de abstratos, idealistas e perigosos para o poder. Então, a ideologia passa a ser vista como uma doutrina irrealista e sectária, sem fundamento objetivo e perigosa para a ordem estabelecida.

Nesta perspectiva, observamos que são muitas as concepções acerca do termo, mesmo dentro de correntes, teoricamente, afins. De qualquer maneira, o significado de ideologia que mais se difundiu foi àquele relativo ao critério de verdadeiro e falso, que se refere à tradição marxista.

"O sujeito é capaz de uma liberdade sem limiets e uma submissão sem falhas: pode tudo dizer, contanto que se submeta à língua para sabê-la." LÍCIA MARIA BAHIA HEINE


IDEOLOGIA EM MARX E ENGELS
A noção de ideologia para Marx e Engels tem um sentido negativo, devido ao desvio de percurso praticado pelos filósofos alemães, que consiste em partir das ideias para se chegar à realidade. Os autores, assim, fazem uma crítica em relação ao conceito de ideologia vigente, apontando seu caráter negativo devido à separação que se faz entre a produção das ideias e as condições sociais e históricas em que são produzidas.

Assim, prevalece a ideologia da classe burguesa que é um instrumento de dominação, pois a classe dominante faz com que seus pensamentos passem a ser ideias de todos. Dessa forma, a ideologia se reduz a uma simples categoria filosófica de ilusão ou mascaramento da realidade social.

A partir do exposto, verificamos que a tradição marxista entende a ideologia como o mecanismo que deforma a realidade, apresentando a suposição de um discurso ideológico que serve para legitimar e reproduzir o poder da classe dominante.

"Sujeito e sentido se constituem ao mesmo tempo, na articulação da língua com a história, em que entram o imaginário e a ideologia." ENI P. ORLANDI


IDEOLOGIA NA VISÃO BAKHTINIANA
Mikhail Bakhtin, ao formular sua teoria sobre ideologia, faz uma crítica à produção teórica marxista, que a considera mecanicista, devido ao estabelecimento de uma ligação direta entre acontecimentos nas estruturas socioeconômicas e sua repercussão nas superestruturas ideológicas. Além disso, o autor ressalta que os marxistas ora colocam a ideologia no campo da consciência, ora como um pacote pronto, advindo do mundo da natureza ou do mundo transcendental.

Deste modo, o autor aponta a necessidade de quebrar essa tradição de análise da ideologia como subjetiva/interiorizada, que está permanentemente na cabeça do homem, pois se ela se mantiver apenas na consciência, se degenera, morre, por carência de interação regeneradora; e como idealista/ psicologizada, que entende a ideologia como uma ideia pronta, com a qual é possível apenas se defrontar; ou seja, ela não pode ser concebida como acontecimento dialógico.



Assim, Bakhtin considera a ideologia como uma instância dialética, que é construída sempre na vertente da instabilidade e estabilidade, e não pela estabilização que vem pela aceitação da primazia do sistema e da estrutura; isto é, ele constrói o conceito na concretude do acontecimento. Neste sentido, Bakhtin destrói e reconstrói parte da concepção de ideologia marxista - que se refere à falsa consciência, disfarce da realidade social - ideologia oficial; colocando ao lado desta, a ideologia do cotidiano.

Dessa forma, a ideologia oficial é compreendida como relativamente dominante, procurando implantar uma concepção única de mundo (conteúdo estável); e a ideologia do cotidiano é construída nos encontros casuais, na proximidade social com as condições de produção e reprodução da vida (conteúdo instável). Ambas formam o contexto ideológico completo e único, em relação recíproca, sem perder de vista o processo global de produção e reprodução social. Assim, ela é vista de maneira mais ampla, como uma visão de mundo de uma determinada comunidade social dada num determinado tempo histórico. Esta noção compreende a relação linguagem e ideologia como estreitamente vinculada e necessária, uma vez que é por meio da e na linguagem que a ideologia se materializa.

Neste sentido, todos os discursos são ideológicos; porém, não no sentido de "falsa consciência", dissimulação ou mascaramento, como o que se postula na visão marxista, mas no sentido de que a ideologia é/está inerente ao signo, que, por ter um caráter arbitrário, permite que a linguagem ora leve à criação, à produtividade de sentido, ora leve à manipulação da construção da referência.

A título de ilustração, visualizamos, a seguir, um discurso narrativo, retirado da minha dissertação de mestrado, que evidencia, através do posicionamento das crianças, os conceitos ideológicos, adquiridos pelo meio sociocultural. Consideramos P - pesquisadora e as demais iniciais para as crianças:

Pássaro da paz

1. Y: é porque é porque tinha muita guerra antes e o pássaro da paz veio e deu a paz

2. Y: é ... só ((risos))

3. M: (...) tentaram pegar (o pássaro) porque ele é muito bonzinho

4. P: (...) e o que o pássaro fez mais, Yannick?

5. Y: é ele deu a paz brincou e depois foi dormir

(Yannick 5;0 e Mariana 5;0)

No exemplo, observamos que é comum a criança inserir em sua narrativa imaginária, fatos reais do seu dia a dia. Como essa história foi coletada em março de 2003, época em que os EUA iniciaram o ataque ao Iraque, notamos a inferência que a criança faz sobre os fatos da realidade cotidiana ao intitular sua história Pássaro da paz, e através desta apresentar o seu desejo de término dos ataques; observamos a ideologia de paz, adquirida no contexto social da criança.

Paralelamente, constatamos a versão do bem versus o mal, em que, no turno 3, "(...) tentaram pegar (o pássaro) porque ele é muito bonzinho", identificamos, também, que o ser julgado "bonzinho" não é muito bem quisto pela sociedade; mesmo assim, ao final, o personagem (pássaro bonzinho) cumpriu sua missão, prevalecendo, então, o bem contra o mal. Aqui, verificamos os conceitos ideológicos, apreendidos no dia a dia. De acordo com o exposto, observamos, pela articulação das informações narrativas, que tanto Yannick quanto Mariana fazem parte da classe socioeconômica média, de pais que estimulam a curiosidade, por meio da informação; dessa maneira elas puderam, indiretamente, relatar na história o que estava ocorrendo, naquele momento, entre os dois países. E, assim, foi possível constatarmos o anseio humano pela paz, harmonia e felicidade, conceitos ideológicos adquiridos por estas crianças por meio do convívio social a qual pertencem.

O CONTEXTO DO SUJEITO IDEOLÓGICO
A fim de tecermos algumas reflexões sobre o sujeito ideológico, vale ressaltar que, "o referido 'sujeito' vai ser interpretado a partir dos pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD), de linha francesa, que surgiu, na década de 60, através de Dubois e de Pêcheux. Aquele, um linguista, lexicólogo, envolvido com as questões linguísticas da época; este, um filósofo, voltado, em especial, para os embates do marxismo e da psicanálise. Ambos, embora imbuídos em pesquisas com reflexões específicas, partilhavam entre si das manifestações das classes sociais", citando a obra Análise do Discurso, de Fernanda Mussalim e Anna Christina Bentes.

Nesta perspectiva, podemos dizer que a AD se filiou a três campos distintos do conhecimento: o da Linguística, com a problematização do corte saussuriano; o da Psicanálise, com a releitura lacaniana de Freud e a sua teoria do inconsciente; e o do Marxismo, por meio da releitura althusseriana de Marx, da teoria da sociedade e das questões ideológicas.

A AD se edifica como linha de pesquisa, rompendo com alguns dos pressupostos da Linguística, especialmente com os da Linguística Formal, pelo fato, dentre outros, de ela ter reivindicado a concepção de língua como um sistema homogêneo, abstrato e unívoco, e por defender, com veemência, a existência de um componente semântico capaz de dar conta do sentido.

Concebido a partir de bases estruturalistas, o discurso fornece, assim, o solo comum para uma nova abordagem da questão do sujeito, embora essa questão tenha tido diferentes destinos em Foucault, Lacan e Pêcheux. Em primeiro lugar, porque a estrutura, compreendendo a precedência das relações sobre os elementos tomados em si mesmos, constitui um modelo passível de generalização para além do campo da Linguística, afetando a noção de sujeito transcendental, entendido como um ponto fora do sistema ou como condição do sistema. Em segundo lugar, esse modelo, sendo exportável para outros campos disciplinares, promove uma nova configuração das ciências humanas, que desloca o ideal de ciência construído pelo positivismo e o sujeito empírico aí definido, substituindo-o pelo ideal.

"Na Análise de Discurso, considera-se que o discurso materializa a ideologia, constituindo-se no lugar teórico em que se pode observar a relação da língua com a ideologia." ENI P. ORLANDI



O SUJEITO DISCURSIVO NA AD1
O contexto em que surge a primeira fase da Análise do Discurso -AD1 se destaca pelo estudo de discursos mais "estabilizados", no sentido de serem pouco polêmicos, por permitirem uma menor carga polissêmica, ou seja, uma menor abertura para a variação do sentido devido a um maior silenciamento do outro (outro discurso/ outro sujeito).

A exploração metodológica, de uma noção de maquinaria discursiva, resulta de uma posição estruturalista pós-saussureana e pode ser compreendida como um conjunto de discursos produzidos em um dado momento. Os discursos políticos teórico-doutrinários, como um manifesto do Partido Comunista, são bons exemplos, devido ao caráter não polêmico e estabilizado - pois, neste contexto, quem era comunista não poderia, nunca, falar como conservador e vice-versa.

Nesta perspectiva, o sujeito foi tratado como assujeitado à maquinaria (sujeito não livre, por estar submetido às regras específicas que delimitam o discurso que enuncia). Segundo Mussalin e Bentes (2009), é a formação ideológica que regula o que o sujeito pode ou não dizer, mas com a ilusão de ser fonte do discurso.

O SUJEITO DISCURSIVO NA AD2
No segundo momento da Análise do Discurso - AD2, de acordo com as já citadas autoras Mussalim e Bentes, a noção de máquina estrutural fechada começa a explodir. O conceito de formação discursiva (FD) tomada de empréstimo de Michel Foucault é o dispositivo que desencadeia esse processo de transformação na concepção do objeto de Análise do Discurso. Foucault define a FD como "um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo e no espaço que definiram uma determinada época, para uma área social, econômica, geográfica ou linguística, dada as condições de exercício da função enunciativa".

A FD é marcada por regras de controle social e é sempre construída por outras FDs, o que já anuncia a noção de heterogeneidade do discurso. Aqui, a ideia de homogeneidade enunciativa é abandonada como resultado da interação cumulativa de momentos de análise linguística e discursiva. Esta postura permitiu o deslocamento da noção de constituição do discurso, que passou a ser concebido como constituído no entrecruzamento entre a estrutura e o acontecimento, como consequência da mudança de enfoque da estrutura para o acontecimento. De acordo com Cleudemar Alves Fernandes, autor de Análise do Discurso: reflexões introdutórias, nesse momento de formulação teórica aparece a noção de interdiscurso, designando o exterior de uma formação discursiva.

Porém, a noção de sujeito discursivo permanece como efeito de assujeitamento à formação discursiva com a qual ele se identifica. Para Mussalim e Bentes, não existe mais, neste segundo momento, a noção de sujeito marcado pela ideia de unidade, tal como era concebido na AD1: "A noção de dispersão do sujeito é aqui retomada; o sujeito passa a ser concebido como aquele que desempenha diferentes papéis de acordo com as várias posições que ocupa no espaço interdiscursivo". Nesta perspectiva, ainda de acordo com as autoras, vigora a ideia de que o sujeito é uma função e que ele pode estar em mais de uma. No entanto, apesar do sujeito poder desempenhar diferentes papéis, não é totalmente livre, pois ele sofre as coerções da formação discursiva, já que esta é regulada por uma formação ideológica. Assim, o sujeito do discurso ocupa um lugar social que enuncia, por exemplo, o lugar do professor, do político, do publicitário - que determinam o que ele pode ou não dizer.

O SUJEITO DISCURSIVO NA AD3
Na terceira fase da Análise do Discurso - AD3, é adotada a perspectiva segundo a qual os diversos discursos que atravessam uma FD não se constituem independentemente uns dos outros para serem, em seguida, postos em relação, mas se formam de maneira regulada no interior de um interdiscurso.

Segundo Orlandi, o interdiscurso é todo o conjunto de formulações feitas e já esquecidas que determinam o que dizemos; na verdade, é a própria memória, melhor dizendo, a memória discursiva, local onde estão presentes, de forma esquecida, os diferentes discursos. Fernandes frisa que o interdiscurso está presente em toda formação discursiva através de discursos, provenientes de diferentes épocas da história e de diferentes lugares sociais, estando, necessariamente, interligados entre si e inscritos na memória como algo já dito em algum lugar; o interdiscurso vai regular aquilo que pode ou não ser dito em certas condições de uma enunciação.

No momento da enunciação, processa-se uma interface entre dois eixos que entram em ação. Nas palavras de Eni Orlandi: "O eixo vertical, onde se encontra o interdiscurso, ou seja, todos os dizeres já ditos e esquecidos; e o horizontal - que seria o eixo da formulação, isto é, aquilo que estamos dizendo naquele dado momento, em condições dadas".

Dessa forma, um discurso não opera sobre a realidade das coisas, mas sobre outros discursos e que a linguagem é, fundamentalmente, heterogênea, o que evoca as noções de dialogismo propagadas por Bakhtin. Então, o interdiscurso é o objeto de investigação de qualquer análise do discurso, principalmente a partir dos trabalhos de Authier-Révuz sobre heterogeneidade discursiva, os quais inauguram a AD3. A referida autora abriu o rol de discussões acerca dessa perspectiva, enfraquecendo a noção eminente de FD e criando terreno à teoria da heterogeneidade mostrada (está explícita na superfície do texto através de citações, intertextos marcados) e da heterogeneidade constitutiva do discurso (é recuperada por meio da memória discursiva - reconhecimento de que dada formação social e ideológica caracteriza alguns termos, expressões e predicações inseridas no texto).

Considerando que as formações discursivas são heterogêneas e suportam o convívio do diferente e contraditório em seu interior, não se pode mais falar em sujeito centrado da maquinaria discursiva. Ao tomar diferentes posições-sujeito numa dada FD, o sujeito revela-se cindido, dividido entre o consciente e o inconsciente.

Heine ressalta que o fato de o sujeito ideológico constituir-se em sua origem clivado entre o consciente e o inconsciente, já autoriza que nele se depreendam algumas nuances da sua face livre, ao lado da face submissa, caracterizada pelo assujeitamento à ideologia e à história, sobretudo. Cotejando com as demais concepções de sujeito, exceto a de sujeito assujeitado à imanência ao sistema linguístico, parece que é possível estabelecer um continuum entre as mesmas, embora reconheça as suas especificidades, visto que, em maior ou menor grau, há uma certa intencionalidade entre os sujeitos pragmático, social e ideológico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o exposto, observamos que em diferentes contextos teóricos sobre a noção de sujeito - desde o início dos estudos do texto - em que o sujeito estava inserido no paradigma formal; ele era submisso, preso e limitado ao código linguístico e, posteriormente, na vertente da AD, passa a assumir outras posições, de acordo com o momento sócio-histórico e ideológico.

Assim, a partir dos conceitos de ideologia, abordados por diferentes filósofos, e considerando a perspectiva da AD, constatamos que a noção de sujeito não se desvincula da noção de ideologia. Pois não se trata de indivíduo compreendido como ser que tem uma existência particular no mundo, isto é, sujeito, na perspectiva em discussão, não é um ser humano individualizado, mas sim socializado.

Dessa forma, é relevante dizer que o sujeito discursivo deve ser considerado sempre como um ser social-históricoideológico, apreendido em um espaço coletivo. Vale ressaltar que de qualquer forma ele se encontra assujeitado, ora pela ideologia, ora pelo seu próprio inconsciente.

*Priscila Peixinho Fiorindo é Doutora em Psicolinguística (USP), mestre em Linguística (USP), bacharel e licenciada em Letras/Mackenzie, professora da pós-graduação no Projeto Mobilizadoras da Paz em parceria com a Sociedade Hólon e a Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-BA. Contato: priscilafiorindo@hotmail.com
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*Priscila Peixinho Fiorindo é Doutora em Psicolinguística (USP), mestre em Linguística (USP), bacharel e licenciada em Letras/Mackenzie, professora da pós-graduação no Projeto Mobilizadoras da Paz em parceria com a Sociedade Hólon e a Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador-BA. Contato: priscilafiorindo@hotmail.com

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