quinta-feira, 26 de junho de 2014

Unegro propõe debate sobre a vaga de Joaquim Barbosa


A presença do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país, em que pese todas as controvérsias que ele criou, é importante para os negros brasileiros e um representante da raça deve ser nomeado para seu lugar. Esta é a posição da União dos Negros pela Igualdade (Unegro) do Distrito Federal, ao anunciar mobilização do movimento negro para influenciar a presidenta Dilma Rousseff pela indicação de outro nome negro para ocupar a vaga de Barbosa.
A Unegro-DF anunciou vai buscar apoio de outras entidades para tentar influenciar na decisão da presidenta.“O ministro Joaquim Barbosa exerceu uma carreira muito controvertida no Supremo e, do ponto de vista do papel de juiz, deixou a desejar. Mas a sua presença ali foi emblemática para nós negros, muito representativa e nós achamos que a presidente Dilma deve seguir o mesmo pensamento do ex-presidente Lula indicar um negro para a vaga do Joaquim Barbosa”, afirmou Santa Alves, presidente da Unegro-DF (foto).

Ela anunciou que a entidade vai deflagrar esta semana um debate entre os representantes do movimento negro e dos movimentos sociais para buscar influenciar na decisão da presidenta.

O presidente da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) do Distrito Federal, Aldemir Domício, já anunciou que fará parte da mobilização pela manutenção de um representante negro no STF.

“A CTB vai se engajar nesta campanha. Nós entendemos que a presença de um negro no Supremo foi uma conquista histórica para um segmento social que representa mais da metade da população. E nós queremos manter esta conquista”, afirmou.

Outra entidade que quer debater o tema é a Comissão de Jornalista pela Igualdade Racial (Cojira), entidade ligada ao Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal. Internamente seus membros vêm debatendo o significado de um negro na mais alta corte do país. A entidade também defende a manutenção da conquista.

A decisão caberá a Dilma, que por sua vez deverá consultar o ministro Ricardo Lewandowski, que assumirá a presidência do Supremo após a saída de Barbosa no final deste mês.

Da Redação em Brasília
Fonte: Brasil Notícia

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