Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo
Reuters e Maurício Dehò/UOL
Esquiva Falcão superou o bronze de Servílio de Oliveira, medalhista nos Jogos de 1968, no México
Separados por 44 anos, os históricos resultados de Servílio de Oliveira, primeiro medalhista do boxe brasileiro, e Esquiva Falcão, agora dono do melhor resultado para o país no boxe olímpico, parecem não ter nada em comum. Ledo engano. Como se um ciclo de mais de quatro décadas se completasse, encerrando o jejum de pódios do pugilismo nacional, esta conquista de Londres passou pelas mãos de Servílio. Esquiva, inclusive, dedicou parte da conquista à família do ex-pugilista.
Conhecidos por serem filhos do veterano pugilista capixaba Touro Moreno, os irmãos Esquiva e Yamaguchi aprenderam com o pai a nobre arte, na cidade de Serra (ES), mas a desenvolveram próximos do ex-peso mosca, que faturou o bronze nos Jogos de 1968 e depois seguiu carreira como empresário. Muito jovens, os dois trocaram o Espírito Santo pela cidade paulista de São Caetano.Após conquistar a vaga na final, Esquiva pôde falar por telefone com Servílio por telefone, na zona mista em Londres. "Essa medalha é para todos os brasileiros", disse o peso médio, ao ex-peso mosca.
Yamaguchi, o mais velho, tinha apenas 13 anos, e foi o primeiro a se mudar, depois levando o irmão. "Nós tínhamos um lutador meio-pesado chamado Alex Cardoso, e ele nos contou sobre uns garotinhos bons de boxe, filhos do Touro Moreno. Então, resolvemos trazê-los para fazer parte do grupo", relembra Servílio de Oliveira, emocionado com o fim de jejum de 44 anos, que começou com o bronze da baiana Adriana Araújo na chave feminina e foi complementado pelos Falcão
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