A presidente Dilma Rousseff deveria chamar o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, de volta ao governo ou, no mínimo, emitir uma nota oficial da Presidência da República pedindo desculpas ao ex-auxiliar. A sugestão é da coordenadora geral da União dos Negros pela Igualdade (Unegro), do Distrito Federal, Santa Alves.
No último dia 12 o Conselho de Ética da Presidência da República considerou Orlando inocente das acusações de corrupção no Ministério do Esporte, feitas pelo policial João Dias. Dias não apresentou nenhuma provade suas acusações e sua falsa denúncia foi publicada pela revista Veja.
Apesar de todas as evidências de inocência de Orlando Silva, a matériadesencadeou uma série de outras reportagens com base em informações falsas que acabaram por fazer o governo Dilma se render e substituir oministro.“Nós confiamos no senso de justiça da presidenta e acreditamos que ela tomará alguma atitude para reparar o erro ao qual seu governo foiinduzido”, disse Santa Alves. “Infelizmente a campanha da grande mídia tinha como alvo desestabilizar o governo, como se comprou nasinvestigações da Operação Monte Carlos, que revelaram o conluio da Veja com o crime organizado para atacar o governo”, acrescentou.
Santa Alves não defende a volta de Orlando ao Ministério do Esporte,que, segundo ela, vem sendo muito bem conduzido pelo deputado Aldo Rebelo. “O que sugerimos é que a presidenta chame o Orlando paraocupar um cargo no governo até como um reconhecimento concreto de sua inocência”, afirmou.
Ela vai mais além e sugere à presidente Dilma que faça em relação aosnegros e outras etnias o mesmo que vem fazendo em relação às mulheres em seu governo. “A presidenta assegurou uma representatividade femininaimportante em seu ministério. Seguindo esta mesma linha de contemplar os setores marginalizados da sociedade, ela poderia também estabelecer comometa ter mais negros e ainda indígenas entre seus principais auxiliares”, pontuou.
“Assim como as mulheres, negros e índios têm o direito de mostrar sua capacidade no alto escalão do governo federal, assim como o ministro Joaquim Barbosa vem demonstrando no Supremo”, acrescentou.
A dirigente da Unegro-DF lembrou que Orlando Silva era um dos doisúnicos negros da equipe ministerial de Dilma. “Agora o governo só tem uma ministra negra, a Luiza Bairros, da SEPPIR (Secretaria de Promoçãode Políticas de Igualdade Racial)”, lembra Santa Alves.
fonte: www.unegro.org.br
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