Cantor e vereador rejeita convite para ser vice de Haddad
Netinho disputará a prefeitura de São PauloDivulgação
André Rigue
O vereador Netinho de Paula (PC do B) está em alta no cenário político. Ainda com a boa imagem da campanha ao Senado no ano passado, ele aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos para a prefeitura de São Paulo em 2012, atrás apenas de Celso Russomanno (PRB).
Por este motivo, ele rejeitou ser vice na chapa de Fernando Haddad pelo PT, que terá a imagem de Lula como carro chefe. Netinho afirmou em entrevista ao Portal da Band que mostrará ao eleitor que tem “estranhamento” que ele está bem preparado para o cargo, pois tem “a cara de São Paulo”.
O vereador ainda disse que acredita que não “dividirá” os votos com o candidato do PT, como ocorreu na disputa pelo Senado com Marta Suplicy, que acabou eleita. Netinho também evitou críticas ao governo de Gilberto Kassab, com quem tem boas relações.
Netinho, você aparece bem colocado nas pesquisas, atrás apenas do Russomanno. Isso ainda é fruto da lembrança da campanha de 2010 para o Senado?
Tudo reflete... Eu sou uma pessoa popular, do segmento popular. O Senado foi uma campanha majoritária. É natural que as pessoas lembrem das minhas propostas. Meu mandato como vereador também é uma somatória para as pesquisas.
Qual será a bandeira da sua campanha?
Vamos caminhar para uma campanha que não tem espaço para o ódio. Eu sou um dos candidatos que está postulando a prefeitura de São Paulo, e com todo o respeito, vai ser nos debates, através de ideias e propostas, que o povo vai dar a resposta e mostrar que o marketing eleitoral não vai funcionar.
Lula ou alguém do PT procurou o PC do B para tentar fazer você desistir da campanha e pensar numa aliança?
As conversas que foram mantidas nesse espírito foram de tentar uma composição. O PC do B agradeceu o convite, mas nossa intenção não é de ter um vice, mas de ter uma disputa com nossa própria cabeça. É natural essa conversa entre as lideranças dos partidos. O PT e o PC do B sempre andaram juntos. São partidos irmãos. Mas chegou um momento de termos a nossa independência, a nossa proposta. Eu acho que o PC do B nos últimos anos nunca teve um candidato com intenção de voto e possibilidade real de ser eleito como eu agora.
Em 2010, você acabou superado pela Marta (PT) e pelo Aloysio Nunes (PSDB) na disputa pelo Senado. Teme que a imagem do Lula por trás de Haddad possa impedir que você chegue ao Segundo Turno?
A Marta era uma candidata que fazia muita diferença na Eleição, por ser uma pessoa conhecida e os paulistanos terem a lembrança viva do bom mandato que ela fez. O Haddad, em termos eleitorais, é novo. Acho que o Lula faz diferença para qualquer candidato. É certo que o Haddad é preparado, ele não foi ministro por acaso... Mas vamos para o debate. Eu vou ter uma proposta, ele outra. O Russomanno [PRB], a Soninha [PPS], o Chalita [PMDB], todos trarão ideias novas. É o que o eleitor quer, uma renovação política.
E como será uma campanha sem contar, desta vez, com a imagem do Lula?
O Lula tem um carinho muito grande por mim, e eu por ele. Isso ficou explícito na maneira como ele me tratava, até na campanha para o Senado. Agora, ele está com o projeto do Haddad, e ele é firme nas coisas que faz. Você não vai ver ataque dele à minha pessoa, e por minha parte também porque ele é um ídolo para mim. Sei que se chegar a um Segundo Turno ele vai me apoiar.
O tempo de TV do PC do B é muito pequeno. Para ter independência você precisará de alianças...
A gente conversa com alguns partidos. O PSB, o PDT, estamos tentando uma aproximação com o PTB e PSC também. Vamos ver como fica isso lá na frente. Todos os partidos são unânimes em dizer que o novo vai fazer a diferença, com exceção do PT e PSDB, todos os demais tendem a ter uma candidatura própria. Será uma boa chance de quebrar essa polarização.
Você chegou à política em 2008, como vereador. Muitos eleitores dizem que você ainda não tem preparo para assumir um cargo de prefeito. Acha que sofre preconceito ou discriminação?
Não acho que sofro preconceito. O que acontece é um fenômeno que a gente classifica de ‘estranhamento’. Não vou ter muito tempo de TV, é verdade, mas quero andar por cada bairro e olhar nos olhos dos eleitores para mostrar que sou capaz. Sou um dos poucos que realmente já andou de ônibus, que já utilizou o transporte público, que estudou na escola pública, que levava marmita e que veio da periferia. Quero buscar um equilíbrio entre periferia e centro para o nosso desenvolvimento. Eu sou a cara de São Paulo, e o paulista quer isso.
O que você mais aprendeu nesses cerca de três anos na vida política?
Que política é a arte de dialogar. Ser radical não leva ninguém a nada. É a arte de agregar, de conseguir parceiros e fazer parte de projetos. Essa é a melhor lição da política.
Se São Paulo fosse escolhida para “Um dia de Princesa”, o que você mudaria?
São Paulo tem muita coisa para ser feita. Precisamos tratar bem a questão da mortalidade infantil, de ter um atendimento voltado para as famílias carentes... Posso falar durante horas sobre meu plano de governo, mas acho que o principal a dizer agora é que precisamos tratar de gente. Temos recurso, e a nossa prioridade será cuidar da gente.
Como você analisa a gestão do Gilberto Kassab?
Nós temos críticas conceituais ao governo Kassab, mas nós também vemos muitos acertos, assim como no governo Marta. A guarda metropolitana foi um grande avanço. O Kassab tratou a questão da segurança e melhorou os índices de criminalidade. Outro acerto foi o de ampliar os AMAS [Assistência Médica Ambulatorial]... Agora, o que eu sempre critiquei, antes mesmo de participar do governo, foi a questão do poder dado aos subprefeitos. Ele diminuiu esse poder para tentar evitar uma corrupção, mas ele falhou em não ter uma figura política naquele lugar, um líder que conheça bem o bairro. Isso esvaziou e causou reclamação da população.
Por este motivo, ele rejeitou ser vice na chapa de Fernando Haddad pelo PT, que terá a imagem de Lula como carro chefe. Netinho afirmou em entrevista ao Portal da Band que mostrará ao eleitor que tem “estranhamento” que ele está bem preparado para o cargo, pois tem “a cara de São Paulo”.
O vereador ainda disse que acredita que não “dividirá” os votos com o candidato do PT, como ocorreu na disputa pelo Senado com Marta Suplicy, que acabou eleita. Netinho também evitou críticas ao governo de Gilberto Kassab, com quem tem boas relações.
Netinho, você aparece bem colocado nas pesquisas, atrás apenas do Russomanno. Isso ainda é fruto da lembrança da campanha de 2010 para o Senado?
Tudo reflete... Eu sou uma pessoa popular, do segmento popular. O Senado foi uma campanha majoritária. É natural que as pessoas lembrem das minhas propostas. Meu mandato como vereador também é uma somatória para as pesquisas.
Qual será a bandeira da sua campanha?
Vamos caminhar para uma campanha que não tem espaço para o ódio. Eu sou um dos candidatos que está postulando a prefeitura de São Paulo, e com todo o respeito, vai ser nos debates, através de ideias e propostas, que o povo vai dar a resposta e mostrar que o marketing eleitoral não vai funcionar.
Lula ou alguém do PT procurou o PC do B para tentar fazer você desistir da campanha e pensar numa aliança?
As conversas que foram mantidas nesse espírito foram de tentar uma composição. O PC do B agradeceu o convite, mas nossa intenção não é de ter um vice, mas de ter uma disputa com nossa própria cabeça. É natural essa conversa entre as lideranças dos partidos. O PT e o PC do B sempre andaram juntos. São partidos irmãos. Mas chegou um momento de termos a nossa independência, a nossa proposta. Eu acho que o PC do B nos últimos anos nunca teve um candidato com intenção de voto e possibilidade real de ser eleito como eu agora.
Em 2010, você acabou superado pela Marta (PT) e pelo Aloysio Nunes (PSDB) na disputa pelo Senado. Teme que a imagem do Lula por trás de Haddad possa impedir que você chegue ao Segundo Turno?
A Marta era uma candidata que fazia muita diferença na Eleição, por ser uma pessoa conhecida e os paulistanos terem a lembrança viva do bom mandato que ela fez. O Haddad, em termos eleitorais, é novo. Acho que o Lula faz diferença para qualquer candidato. É certo que o Haddad é preparado, ele não foi ministro por acaso... Mas vamos para o debate. Eu vou ter uma proposta, ele outra. O Russomanno [PRB], a Soninha [PPS], o Chalita [PMDB], todos trarão ideias novas. É o que o eleitor quer, uma renovação política.
E como será uma campanha sem contar, desta vez, com a imagem do Lula?
O Lula tem um carinho muito grande por mim, e eu por ele. Isso ficou explícito na maneira como ele me tratava, até na campanha para o Senado. Agora, ele está com o projeto do Haddad, e ele é firme nas coisas que faz. Você não vai ver ataque dele à minha pessoa, e por minha parte também porque ele é um ídolo para mim. Sei que se chegar a um Segundo Turno ele vai me apoiar.
O tempo de TV do PC do B é muito pequeno. Para ter independência você precisará de alianças...
A gente conversa com alguns partidos. O PSB, o PDT, estamos tentando uma aproximação com o PTB e PSC também. Vamos ver como fica isso lá na frente. Todos os partidos são unânimes em dizer que o novo vai fazer a diferença, com exceção do PT e PSDB, todos os demais tendem a ter uma candidatura própria. Será uma boa chance de quebrar essa polarização.
Você chegou à política em 2008, como vereador. Muitos eleitores dizem que você ainda não tem preparo para assumir um cargo de prefeito. Acha que sofre preconceito ou discriminação?
Não acho que sofro preconceito. O que acontece é um fenômeno que a gente classifica de ‘estranhamento’. Não vou ter muito tempo de TV, é verdade, mas quero andar por cada bairro e olhar nos olhos dos eleitores para mostrar que sou capaz. Sou um dos poucos que realmente já andou de ônibus, que já utilizou o transporte público, que estudou na escola pública, que levava marmita e que veio da periferia. Quero buscar um equilíbrio entre periferia e centro para o nosso desenvolvimento. Eu sou a cara de São Paulo, e o paulista quer isso.
O que você mais aprendeu nesses cerca de três anos na vida política?
Que política é a arte de dialogar. Ser radical não leva ninguém a nada. É a arte de agregar, de conseguir parceiros e fazer parte de projetos. Essa é a melhor lição da política.
Se São Paulo fosse escolhida para “Um dia de Princesa”, o que você mudaria?
São Paulo tem muita coisa para ser feita. Precisamos tratar bem a questão da mortalidade infantil, de ter um atendimento voltado para as famílias carentes... Posso falar durante horas sobre meu plano de governo, mas acho que o principal a dizer agora é que precisamos tratar de gente. Temos recurso, e a nossa prioridade será cuidar da gente.
Como você analisa a gestão do Gilberto Kassab?
Nós temos críticas conceituais ao governo Kassab, mas nós também vemos muitos acertos, assim como no governo Marta. A guarda metropolitana foi um grande avanço. O Kassab tratou a questão da segurança e melhorou os índices de criminalidade. Outro acerto foi o de ampliar os AMAS [Assistência Médica Ambulatorial]... Agora, o que eu sempre critiquei, antes mesmo de participar do governo, foi a questão do poder dado aos subprefeitos. Ele diminuiu esse poder para tentar evitar uma corrupção, mas ele falhou em não ter uma figura política naquele lugar, um líder que conheça bem o bairro. Isso esvaziou e causou reclamação da população.
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