A notícia foi confirmada à agência Lusa pelo director clínico do hospital, que explicou que a morte ocorreu por volta das 11h20. Alcides Gonçalves disse ainda que desde que Cesária deu entrada no hospital esteve internada nos serviços de cuidados intensivos “com um quadro muito complexo”.
“Durante este período, ela alternou momentos de lucidez com momentos de inconsciência e esteve sempre acompanhada pelo seu empresário José da Silva”, acrescentou.
A “diva dos pés descalços”, como a imprensa se referiu muitas vezes a Cesária Évora, nasceu há 70 anos na cidade do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente no seio de uma família de músicos.
Numa das muitas entrevistas que deu, certa vez, afirmou: “Tudo à minha volta era música”. O pai, Justiniano da Cruz, tocava cavaquinho, violão e violino, instrumentos que se tornaram característicos daquelas ilhas, o irmão, Lela, saxofone, e entre os amigos contava-se o mais emblemático compositor cabo-verdiano, B. Leza.
“Cise” como era carinhosamente tratada pelos amigos, tornou-se no nome mais internacional de Cabo Verde, país de onde o mundo conhecia já grandes músicos como Luís Moraes e Bana.
Desde cedo que Cesária Évora se lembrava de cantar, como referiu numa das muitas entrevistas que deu: “Cantava ao ar livre nas praças da cidade para afastar coisas tristes”. Aos 16 anos canta nos bares da cidade e nos hotéis começando a ganhar uma legião de fãs que a aclamavam já como “rainha da morna”.
A independência da nação africana, em 1975, coincide com o início dificil da cantora que deixa de cantar, tem problemas com o alcoolismo e trabalha noutra área.
Em 1985 a convite de Bana, proprietário de um restaurante e uma discoteca com música ao vivo em Lisboa, Cise vem a Lisboa e grava um disco que passou despercebido à crítica, seguindo para Paris onde é “descoberta” e daqui, como aconteceu com outros cantores, partiu para os palcos do mundo.
Em 1988 grava “La diva aux pied nus”, álbum aclamado pela crítica. Nesta fase da sua carreira tem um papel fundamental, que se manteve até ao final, o empresário francês José da Silva.
Em 1992 Cesária Évora gravou “Miss Perfumado” e aos 47 anos torna-se uma estrela internacional no mundo da world music, fazendo parcerias com importantes músicos e pisando os mais prestigiados palcos.
Uma carreira internacional que passou várias vezes por palcos portugueses cujas salas esgotavam para ouvir, entre outros êxitos, “Sôdade”.
Em 2004 recebeu um Grammy para o Melhor Álbum, de world music contemporânea pelo disco “Voz d’Amor”. “Cise” não pára e continua em sucessivas digressões, regressando de quando em vez à sua terra natal.
“Eu preciso de quando vez da minha da terra, do povo que sou e desde marulhar das ondas”, confidenciou certa vez à Lusa.
A cantora começa a enfrentar vários problemas de saúde e alguns “sustos” como afirmava, mas regressava sempre aos palcos e aos estúdios com alegria.
Em 2009 o Presidente francês Nicolas Sarkozy entrega-lhe a medalha da Legião de Honra, depois de uma intervenção cirúrgico que a levou a temer pela vida.
Cesária voltou aos estúdios e anunciou não só uam digressão como a gravação de um novo que deveria sair no próximo ano.
No dia 24 de Setembro, numa entrevista ao Le Monde, a cantora afirma que tem de terminar a carreira por conselho médico. A sua promotora, Tumbao, emite um comunicado confirmando as declarações da “diva dos pés descalços”, e dando conta da tristeza que sentia por ter de o fazer.
Nesse mesmo dia ao princípio da tarde a cantora é internada no hospital parisiense de Pitie-Salpetriere, por ter sofrido “mais um acidente vascular cerebral (AVC)”. A Tumbao emitiu nesse mesmo dia um comunicado dando conta que o diagnóstico clínico da mais internacional artista cabo-verdiana era “reservado”.
“Durante este período, ela alternou momentos de lucidez com momentos de inconsciência e esteve sempre acompanhada pelo seu empresário José da Silva”, acrescentou.
A “diva dos pés descalços”, como a imprensa se referiu muitas vezes a Cesária Évora, nasceu há 70 anos na cidade do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de S. Vicente no seio de uma família de músicos.
Numa das muitas entrevistas que deu, certa vez, afirmou: “Tudo à minha volta era música”. O pai, Justiniano da Cruz, tocava cavaquinho, violão e violino, instrumentos que se tornaram característicos daquelas ilhas, o irmão, Lela, saxofone, e entre os amigos contava-se o mais emblemático compositor cabo-verdiano, B. Leza.
“Cise” como era carinhosamente tratada pelos amigos, tornou-se no nome mais internacional de Cabo Verde, país de onde o mundo conhecia já grandes músicos como Luís Moraes e Bana.
Desde cedo que Cesária Évora se lembrava de cantar, como referiu numa das muitas entrevistas que deu: “Cantava ao ar livre nas praças da cidade para afastar coisas tristes”. Aos 16 anos canta nos bares da cidade e nos hotéis começando a ganhar uma legião de fãs que a aclamavam já como “rainha da morna”.
A independência da nação africana, em 1975, coincide com o início dificil da cantora que deixa de cantar, tem problemas com o alcoolismo e trabalha noutra área.
Em 1985 a convite de Bana, proprietário de um restaurante e uma discoteca com música ao vivo em Lisboa, Cise vem a Lisboa e grava um disco que passou despercebido à crítica, seguindo para Paris onde é “descoberta” e daqui, como aconteceu com outros cantores, partiu para os palcos do mundo.
Em 1988 grava “La diva aux pied nus”, álbum aclamado pela crítica. Nesta fase da sua carreira tem um papel fundamental, que se manteve até ao final, o empresário francês José da Silva.
Em 1992 Cesária Évora gravou “Miss Perfumado” e aos 47 anos torna-se uma estrela internacional no mundo da world music, fazendo parcerias com importantes músicos e pisando os mais prestigiados palcos.
Uma carreira internacional que passou várias vezes por palcos portugueses cujas salas esgotavam para ouvir, entre outros êxitos, “Sôdade”.
Em 2004 recebeu um Grammy para o Melhor Álbum, de world music contemporânea pelo disco “Voz d’Amor”. “Cise” não pára e continua em sucessivas digressões, regressando de quando em vez à sua terra natal.
“Eu preciso de quando vez da minha da terra, do povo que sou e desde marulhar das ondas”, confidenciou certa vez à Lusa.
A cantora começa a enfrentar vários problemas de saúde e alguns “sustos” como afirmava, mas regressava sempre aos palcos e aos estúdios com alegria.
Em 2009 o Presidente francês Nicolas Sarkozy entrega-lhe a medalha da Legião de Honra, depois de uma intervenção cirúrgico que a levou a temer pela vida.
Cesária voltou aos estúdios e anunciou não só uam digressão como a gravação de um novo que deveria sair no próximo ano.
No dia 24 de Setembro, numa entrevista ao Le Monde, a cantora afirma que tem de terminar a carreira por conselho médico. A sua promotora, Tumbao, emite um comunicado confirmando as declarações da “diva dos pés descalços”, e dando conta da tristeza que sentia por ter de o fazer.
Nesse mesmo dia ao princípio da tarde a cantora é internada no hospital parisiense de Pitie-Salpetriere, por ter sofrido “mais um acidente vascular cerebral (AVC)”. A Tumbao emitiu nesse mesmo dia um comunicado dando conta que o diagnóstico clínico da mais internacional artista cabo-verdiana era “reservado”.
Cesária Évora - Saia Travada
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