
sábado, 31 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
MULHER NEGRA: Visibilidade e Desafios
sexta-feira, 23 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
CARTA DE SÃO PAULO
Uma das faces dessa luta é a superação do Estado Mínimo, parte integrante do processo de mundialização do capital sem as barreiras dos outrora fortes Estados Nacionais. A face mais cruel dessa globalização conforme defendia o geógrafo Milton Santos é a perversidade com que trata as populações pobres, não brancas e de países periféricos em todo o mundo. O neoliberalismo intensifica o racismo, as exclusões, renova disparidades, cria novas desigualdades, esmaga as realidades nacionais.
Por estes motivos, a UNEGRO sempre foi parte da trincheira de resistência global aos ataques do capitalismo neoliberal nas diversas nações sul-americanas e africanas. No Brasil, sempre organizou a população negra na criação de alternativas a este perverso projeto.
Assim, iniciamos com a eleição de Lula em 2002, um novo ciclo de mudanças no país que redefiniu o papel do Estado, agora não mais mínimo, para o atendimento às demandas da população represadas por mais de uma década. Começou a ser delineado um projeto de desenvolvimento nacional centrado no crescimento econômico associado à distribuição de renda, na diminuição da pobreza e elevação dos mais pobres às classes consumidoras. Conseguimos também, construir uma Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial, implementar o PROUNI, regularizar e titular dezenas de comunidades remanescentes de quilombos e aprovar instrumentos com o Estatuto da Igualdade Racial que consolida nossas demandas como políticas de Estado.
Entretanto, esse projeto pode ser ameaçado com a eleição do PSDB/DEM, herdeiros da era FHC, e forças políticas comprometidas com o capital financeiro e defensoras da criminalização da juventude através da redução da maioridade penal e do extermínio físico deste segmento. A experiência do PSDB/DEM no estado de São Paulo demonstra esta linha política. São ferrenhos defensores da terceirização das ações sociais do Estado, transformando-as em instrumentos de repasse de verbas públicas para instituições privadas, aprofundaram a falência da educação pública, reprimiram os movimentos sociais com extrema violência.
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segunda-feira, 19 de julho de 2010
Plenária termina com significativos avanços na discussão de um Novo Projeto de Desenvolvimento Nacional para o Brasil

Sobre o evento, o Dirigente Nacional da UNEGRO, Edson França, acredita que fo

Ainda de acordo com França, o time formado pelas delegações, unificado na ocasião, voltará melhor capacitado no jogo contra a desigualdade racial, cada qual no seu campo de atuação, pois existem desafios maiores a serem enfrentados, a começar pela maior e mais efetiva presença no processo eleitoral. “Vamos somar forças para a eleição, que é um momento muito importante no cenário das nossas lutas, fortalecer o diálogo com as outras esferas do movimento pela igualdade racial brasileiro, interferir na elaboração de políticas públicas pela igualdade e lutar por um novo projeto de desenvolvimento social, onde o negro possa ocupar mais espaços de poder”. Além disso, é preciso que o movimento negro se insira nos mais diversos segmentos sociais. “O movimento negro tem que discutir para onde vai, por exemplo, o dinheiro do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável], não dá para exclusivisar nossa pauta”, finaliza.
Orlando Silva, Ministro do Esporte, também esteve presente e pediu força, determinação e altivez ao povo negro nessa busca. “Não conseguiremos nada de graça, somente na luta poderemos avançar efetivamente”, constatou.
Além das discussões que permearam as mesas e os debates, o evento também tratou de construir as primeiras bases para a realização do Congresso da UNEGRO, que deve acontecer em Brasília, em Julho do próximo ano.
A delegação da Unegro/PR esteve presente em todas as mesas, participando e intervindo nos debates da Plenária. A Secretária Geral, Cristiane Brito, entende que o encontro propiciou, além de um bom espaço de mobilização, um momento importante de trocas de experiências.
sábado, 17 de julho de 2010
Primeiro dia de Plenária discute exclusão e reconhecimento de espaço na sociedade
Depois de apresentar a pesquisa mensal de emprego realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Coordenador destacou a necessidade de atitude de identificação de cidadania e reconhecimento de espaço. Segundo ele, para que a realidade da população não branca no Brasil possa mudar, é necessário que se tome a atitude auto-declaração e reconhecimento de capacidade. “Tem algo que eu devo fazer para que essa minha relação com o mundo seja repensada, pois a forma como eu me vejo também tem contribuído para que se mantenha um estado de injustiça, ou teremos sempre a sensação de que estamos num lugar que reservaram para nós, e este lugar é apertado, é mínimo”, complementa.
Outra vertente em pauta na ocasião foi do racismo camuflado por que passam as pessoas de pele negra. Os dois palestrantes discorreram sobre o posicionamento tomado por muitas pessoas quando se fala em exclusão social no Brasil. De acordo com o Jornalista, quando se fala em desigualdade social, muitos questionam se ela realmente existe. Sobre a luta por uma legislação que garanta a amenização das disparidades sociais, a consideração que geralmente se faz e a de que os negros querem ser favorecidos perante o restante da população. ”Isso é dizer que, perante a lei, somos todos iguais. É, no mínimo, hipócrita!”.
O debate ficou para o segundo dia de Plenária e várias pessoas fizeram suas intervenções e questionamentos. A Unegro/PR teve fala na voz do presidente, Denilto Laurindo, que falou da necessidade de elevar os níveis de representação política da população negra no Brasil, a fim de aumentar e melhorar as políticas públicas pela igualdade social. “O caminho para o avanço da luta é a eleição de nossos representantes”, finaliza.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Paulo Moura um dos maiores clarinetistas do Brasil
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Candidatura de Leci abre as portas para uma discussão mais ampla e democrática sobre a liberdade religiosa
Unegro/SP promove encontro entre Leci Brandão e filhos do Axé e lança candidatura da compositora


Na presença de várias lideranças religiosas, representantes partidários e do movimento negro de SP e de enviados da Unegro/PR ocorreu o encontro sobre a liberdade de expressão que as religiões afro têm no estado de São Paulo. A sambista e militante negra, Leci Brandão, foi quem comandou a discussão.
Na ocasião, a Unegro/SP lançou a ilustre cantora como candidata à Deputada Estadual da unidade de federação paulista, que se comprometeu com a bandeira religiosa do Movimento Negro, embora também considere importantes as outras frentes do Movimento. Segundo Leci, são necessários mais negros no Congresso fazendo uso das leis para garantir uma sociedade mais igual entre pares e ímpares. “Quantas pessoas nos representando [a comunidade negra] temos no Congresso?”, questionou.
Depois de contar sua história de vida, falou sobre a decisão de candidatura.
Por não saber quais eram suas atribuições de um Deputado Estadual, questionou: “Quem é o Deputado? Deputado faz escola, faz hospital, faz estradas...?”. Depois de obter não para todas as alternativas, frustrada, novamente perguntou: “Então Deputado faz o quê?”. Foi então que Leci resolveu encarar o desafio. “Deputado faz leis e pode alterar a constituição vigente através de emendas e leis complementares, isso é muito importante para nós negros”.
A Unegro/PR, na oportunidade, apoiou a decisão e colocou-se à disposição para auxiliar a nova candidata do Estado vizinho. “Se for preciso, a gente vem pra cá ajudar”, comentou o Coordenador de Organização e Finanças da entidade, Luiz Henrique Fontes.
Para finalizar o encontro, Edson França, Coordenador Nacional da Unegro, fez um breve respaldo sobre o próximo Censo Demográfico do IBGE e pediu que todos aqueles que seguissem religiões de matrizes africanas o dissessem aos recenseadores. “O ultimo Censo anunciou a diminuição de 2% de seguidores, e nós sabemos que isso não é verdade. Quem é de Axé diz que é!”, finalizou.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
sábado, 3 de julho de 2010
Amenização das disparidades sociais ou institucionalização do racismo?

A superação das desigualdades socioecônomicas impõe-se como uma das metas de qualquer sociedade que aspira a uma maior equidade social. Em face aos problemas sociais, algumas alternativas são propostas para atenuação de desigualdades que mantém em condições díspares cidadãos de estratos distintos. Uma das alternativas propostas no Brasil é o sistema de cotas no ensino superior que visaria a acelerar um processo de inclusão social e racial de grupos à margem da sociedade.
No centro dos debates mais polêmicos das políticas públicas da educação brasileira estão as Cotas Raciais, que se constituem em reservas de vagas para negros no ensino superior e, apesar das divergências, vem sendo implantadas pelas universidades brasileiras. A instituição dessas reservas foi a primeira política pública de impacto nas ações afirmativas empreendidas pelo Governo Federal. Depois da experiência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a Universidade de Brasília (UnB), foi a primeira instituição federal a adotar o pleito, destinando 20% das vagas dos cursos de graduação para candidatos que se declarassem negros, já no vestibular de 2003.
A justificativa para o sistema de cotas é que certos grupos específicos, em razão de algum processo histórico depreciativo, teriam maior dificuldade para aproveitarem as oportunidades que surgem no mercado de trabalho, bem como seriam vítimas de discriminações nas suas interações com a sociedade. O conceito de cotização de vagas aplica-se a populações específicas, geralmente por tempo determinado. Estas populações podem ser grupos étnicos ou raciais, classes sociais, imigrantes, deficientes físicos, mulheres, idosos, dentre outros.
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Para ele, esse quadro se agrava quando essas estatísticas estão presentes na maioria dos estados brasileiros e o valor do salário do trabalhador negro chega a ser quase metade do que recebe o trabalhador branco. “Além disso a maioria dos negros trabalham na informalidade são os maiores em índices de desemprego e mesmo com curso superior raramente ocupam cargo de chefia, conforme matéria publicada no Correio Popular em 6 de junho deste ano”.