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Centro de cultura afrobrasileira vai ocupar, com escolas de arte e biblioteca, espaço abandonado sob o Viaduto do Capanema
Um dos espaços urbanos mais degradados de Curitiba, o vão sob o Viaduto do Capanema entre os trilhos do trem e a Avenida Omar Sabbag, está em vias de renascer.
A prefeitura concedeu o uso do espaço ao Centro Cultural Humaitá (CCH), uma entidade que atua há treze anos na pesquisa da arte e cultura afro-brasileira através de projetos sociais.
O acordo prevê um prazo de um ano para que o CCH apresente o projeto da revitalização do local com o plano de custeio e alvará de construção. O grupo terá três anos para concluir as obras e será responsável pela manutenção, segurança e encargos tributários do imóvel.
No próximo sábado (21), a prefeitura e voluntários do CCH vão iniciar um mutirão para a limpeza do espaço, que nos últimos anos tem servido como casa precária para moradores de rua e mocó para usuários de drogas. O projeto da reforma já foi encomendado ao arquiteto Homero Réboli, que não vai cobrar nada pelo trabalho.
Segundo o atual presidente do CCH, Adegmar José da Silva –o Candiero –, a ideia é criar um centro que disponha de teatro, uma biblioteca temática, oficinas e escola de arte, música, capoeira, esportes, vivências culturais, exposições e eventos abertos à comunidade todos os dias da semana.
Para Candiero, o centro terá a missão de unir dois extremos: cultura ancestral e cultura digital. “A ideia é criar um ponto de convergência entre a rua e a academia, entre a cultura popular e a erudita. Usar um espaço no coração da cidade para valorizar e dar visibilidade à história e cultura afrobrasileira em Curitiba e no Paraná”, disse.
“É um espaço histórico de convergência da cidade”
Presidente do Centro Cultural Humaitá, o ativista social e mestre de capoeira Adegmar José da Silva, o Candiero, afirma que a instalação do centro cultural no Capanema vai ajudar a dar visibilidade à presença do negro na formação da identidade curitibana. Leia a matéria completa
Para financiar a primeira fase do projeto, o CCH articula o lançamento de uma campanha de financiamento coletivo. “É uma estratégia possível para iniciar o trabalho até que a gente consiga parceiros públicos e privados, que só vão investir depois que a nossa estrutura estiver funcionando.”
Vila Tassi
Candiero observa que a localização da futura sede do CCH tem um forte significado para a comunidade negra de Curitiba. “Aqui ficavam as três arvores da antiga Vila Tassi, onde os ferroviários faziam seus batuques no fins de tarde. Foi o berço do samba em Curitiba, que deu origem à escola de samba Colorado e à bateria Boca Negra. Maé da Cuíca morava a cem metros daqui”, ressalta.
Ele avalia que a concessão do imóvel foi uma vitória obtida “pelo cansaço”. O primeiro pedido do uso do espaço foi feto em 2001 pelo rapper Don Joey, com inspiração no uso deste tipo de construção outras cidades. Desde então, o grupo protocolou pedidos todos os anos, todos negados. “Em 2014, o grupo perdeu o espaço que tinha na reitoria da UFPR, e essa necessidade fez com que uníssemos as forças para turbinar o pedido. Ligávamos toda a semana para a prefeitura e agora conseguimos ”, disse.
Um dos espaços urbanos mais degradados de Curitiba, o vão sob o Viaduto do Capanema entre os trilhos do trem e a Avenida Omar Sabbag, está em vias de renascer.
A prefeitura concedeu o uso do espaço ao Centro Cultural Humaitá (CCH), uma entidade que atua há treze anos na pesquisa da arte e cultura afro-brasileira através de projetos sociais.
O acordo prevê um prazo de um ano para que o CCH apresente o projeto da revitalização do local com o plano de custeio e alvará de construção. O grupo terá três anos para concluir as obras e será responsável pela manutenção, segurança e encargos tributários do imóvel.
No próximo sábado (21), a prefeitura e voluntários do CCH vão iniciar um mutirão para a limpeza do espaço, que nos últimos anos tem servido como casa precária para moradores de rua e mocó para usuários de drogas. O projeto da reforma já foi encomendado ao arquiteto Homero Réboli, que não vai cobrar nada pelo trabalho.
Segundo o atual presidente do CCH, Adegmar José da Silva –o Candiero –, a ideia é criar um centro que disponha de teatro, uma biblioteca temática, oficinas e escola de arte, música, capoeira, esportes, vivências culturais, exposições e eventos abertos à comunidade todos os dias da semana.
Para Candiero, o centro terá a missão de unir dois extremos: cultura ancestral e cultura digital. “A ideia é criar um ponto de convergência entre a rua e a academia, entre a cultura popular e a erudita. Usar um espaço no coração da cidade para valorizar e dar visibilidade à história e cultura afrobrasileira em Curitiba e no Paraná”, disse.
“É um espaço histórico de convergência da cidade”
Presidente do Centro Cultural Humaitá, o ativista social e mestre de capoeira Adegmar José da Silva, o Candiero, afirma que a instalação do centro cultural no Capanema vai ajudar a dar visibilidade à presença do negro na formação da identidade curitibana. Leia a matéria completa
Para financiar a primeira fase do projeto, o CCH articula o lançamento de uma campanha de financiamento coletivo. “É uma estratégia possível para iniciar o trabalho até que a gente consiga parceiros públicos e privados, que só vão investir depois que a nossa estrutura estiver funcionando.”
Vila Tassi
Candiero observa que a localização da futura sede do CCH tem um forte significado para a comunidade negra de Curitiba. “Aqui ficavam as três arvores da antiga Vila Tassi, onde os ferroviários faziam seus batuques no fins de tarde. Foi o berço do samba em Curitiba, que deu origem à escola de samba Colorado e à bateria Boca Negra. Maé da Cuíca morava a cem metros daqui”, ressalta.
Ele avalia que a concessão do imóvel foi uma vitória obtida “pelo cansaço”. O primeiro pedido do uso do espaço foi feto em 2001 pelo rapper Don Joey, com inspiração no uso deste tipo de construção outras cidades. Desde então, o grupo protocolou pedidos todos os anos, todos negados. “Em 2014, o grupo perdeu o espaço que tinha na reitoria da UFPR, e essa necessidade fez com que uníssemos as forças para turbinar o pedido. Ligávamos toda a semana para a prefeitura e agora conseguimos ”, disse.
*21 de março é o dia em que será dado o pontapé inicial da reforma, um mutirão de limpeza promovido pela prefeitura e voluntários. O Humaitá tem prazo de três anos para concluir as obras.
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