terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Nota da UNEGRO: Ausência na posse de Dilma Rousseff


Após o resultado das urnas se confirmou a quarta vitória do povo, com isso acirrou a luta de classes com a direita, apoiada pela grande mídia, blocada tentando tirar a legitimidade da vitória de Dilma e articulando um golpe contra um governo democraticamente constituído numa eleição limpa.

Vimos mobilizações de massa organizada pelos derrotados exigindo a caçassão do mandato de Dilma e a volta dos militares no comando do Brasil.

Diante disso os movimentos sociais, principais responsáveis, pela vitória foram chamados a irem no dia 01 de janeiro em Brasilia, data da posse, para mostrar que Dilma Rousseff tem prestígio com a massa, tem forte apoio popular organizado e que o povo não admitirá golpes e retrocessos.

Face a UNEGRO ter apoiado e ser partícipe da vitória de Dilma, deliberou em sua reunião nacional compor o processo de mobilização em apoio ao resultado eleitoral e a plataforma vencedora, visto que ela expressa anseios do povo e parcela da pauta do movimento negro.
Fizemos todo esforço de mobilização, especialmente em São Paulo, Bahia, Santa Catarina, Espírito Santo e Ceará. Honrando nosso compromisso com a nação, com a democracia, com a esquerda brasileira, com os movimentos sociais e com uma agenda progressista para o pais.

Lamentavelmente houve um corte por decisão unilateral no apoio (ônibus) para todas as delegações geograficamente situadas fora de Brasília e entorno. Nós e entidade co-irmãs, várias lideranças e valorosos companheiros ficamos no caminho.
Considero um erro na interlocução com os movimentos sociais do Governo e do PT.

Malgrado esse fato, fomos surpreendidos ontem pelo anúncio no Jornal Nacional de alguns "ajustes" que o Governo está propondo que mais parece uma mini reforma que ataca direitos trabalhistas e previdenciarios, ou seja, nossa luta é árdua. Sem os movimentos sociais e o povo organizado nas ruas não há como acreditar em mudanças.
No mais, nos prepararemos para novas e necessárias lutas. Sabemos que em ambiente de crise e e perdas de direitos os negros e negras são as vítimas prioritárias.

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